Access to inpatient palliative care among cancer patients in France: an analysis based on the national cancer cohort

Abstract

Background Closely linked to the concept of supportive care, the integrated model of palliative care (PC) implies identifying, assessing and treating physical and psychological suffering as early as needed, irrespective of patient characteristics. In France, as in the most southern European countries, little is known about the proportion of cancer patients who have access to PC. Accordingly, we aimed in this study to estimate the proportion of cancer patients in France who have access to inpatient PC, and to explore associated factors. We carried out a nationwide retrospective cohort study using data from the French national health system database (SNDS) for all individuals diagnosed with cancer in 2013 and followed between 2013 and 2016. We compared patients who had inpatient PC with those who did not. Results Of the 313,059 cancer patients included in the national French cancer cohort in 2013, 53,437 (17%) accessed inpatient PC at least once between 2013 and 2016, ranging from 2% in survivors to 56% in the deceased population. Multivariate logistic regression revealed that women and younger patients (18–49 years old) were less likely to access inpatient PC while patients with a greater number of comorbidities, metastatic cancer, or cancer of the nervous system, were more likely to have done so. Conclusions A negligible proportion of cancer survivors accessed inpatient PC. More research and training are needed to convince healthcare providers, patients, and families about the substantial benefits of PC, and to promote better integration of PC and oncology.

Itinerários de pacientes com câncer eleitos para cuidados paliativos

“…A ineficiência dos mecanismos de articulação e organização do fluxo de atendimento representa uma fragilidade que potencialmente pode retardar o diagnóstico e comprometer a terapêutica curativa, paliativa e a sobrevida (SILVA, 2011;URIBE et al, 2019). É consenso na literatura que a redução do intervalo de tempo entre o surgimento dos primeiros sintomas e o início do tratamento é imprescindível para proposição de tratamentos menos agressivos e melhor expectativa de cura (BARROS et al, 2019;JANAH et al, 2020). Estudo realizado em Zimbáue investigou os determinantes de acesso ao tratamento entre mulheres com câncer cervical em estágio avançado e concluiu que as dificuldades eram multidimensionais; algumas delas decorriam, inclusive, de barreiras no momento de investigação diagnóstica, as quais, por vezes, foram conflituosas no que se refere à definição do diagnóstico e estadiamento, bem como à oferta de serviços especializados (TAPERA et al, 2019).…”

“…Os trechos a seguir apresentam os fluxos de encaminhamentos ao serviço de referência para tratamento oncológico relatados ou referidos pelos participantes da pesquisa: A equipe de saúde, em especial a da atenção primária, deve protagonizar a relação de confiança com os pacientes, pois este vínculo favorece a comunicação terapêutica, a qual, por sua vez, facilita o enfrentamento do adoecimento e ameniza a sobrecarga psicológica que o indivíduo vivencia juntamente com seus familiares (BARROS et al, 2019). Há evidências de que uma comunicação inadequada ou insuficiente, caracterizada por informações incompletas, que fazem alusão ao medo e não esclarecem as condições de evolução da doença e tratamento, pode prejudicar a tomada de decisão diante das necessidades de cuidado (SOARES; SANTOS; ARRUDA, 2017;KIM et al, 2018;TESTON et al, 2018;JANAH et al, 2020).…”

“…Trata-se de um momento de intenso desconforto, que pode gerar efeito avassalador, visto que, culturalmente, as pessoas atribuem ao câncer limitações físicas, mutilações, perda de produtividade e de capacidade e risco iminente de morte (JONAS et al, 2015;JANAH et al, 2020). A revelação dos cuidados paliativos tem um impacto ainda maior, pois, neste momento, a possibilidade de cura mediante a implementação de um plano terapêutico não está mais presente.…”

“…Deve ser feita com sensibilidade, dada a possibilidade de causar ansiedade, insegurança, medo e estresse; no entanto, quando realizada com qualidade, pode auxiliar na adaptação do paciente (MONTEIRO et al, 2020). Deve ser um momento empático, sensível e cauteloso, pois a equipe de saúde, os pacientes e seus familiares buscam conduzir tomadas de decisão mais assertivas (JONAS et al, 2015;JANAH et al, 2020).…”

“…Ambas as condições determinam uma condição de vulnerabilidade psicológica e emocional, bem como sentimento de debilidade nos pacientes. Logo, uma das premissas da comunicação eficiente neste universo é sempre demonstrar sensibilidade e empatia (SEKI; GALHEIGO, 2010;JONAS et al, 2015;JANAH et al, 2020) Os participantes deste estudo relataram suas experiências e percepções diante da notificação de que o tratamento modificador da doença não estava mais proporcionando sucesso terapêutico para a cura da enfermidade, bem como da indicação dos cuidados paliativos. Dos quinze participantes, nove foram comunicados sobre a incurabilidade e eleição para os cuidados paliativos por profissionais médicos oncologistas e seis, pela médica paliativista.…”