Abortion in the times of Zika: the perspective of women in two Brazilian municipalities

Abstract

In Brazil, abortion is considered a crime under the Criminal Code since 1940. After the Zika virus epidemic (2015-2017) and the consequent appearance of microcephaly in newborns struck South America, the debate on the decriminalization of abortion in the Brazilian society was reignited. Using data obtained from focus groups comprising women of reproductive age across different socioeconomic strata and two Brazilian cities, we investigated the perceptions of the participants on abortion, especially its use during the Zika epidemic. Although legally criminalized, abortion is prevalent among women, as a way to fulfill their reproductive desire. Criminalization puts the health and lives of women at risk, particularly those with less economic and cultural capital. We also discover the role of friends in women’s decision to utilize the procedure. The strong asym-metry of power between men and women contributes to the greater vulnerability of women. The results suggest an urgent need to review the legislation on abortion concerning its criminalization and the option of safer abortion within the scope of the public health service.

Trajetórias Temporais Das Concepções Nos Tempos De Zika E Covid-19 Na Região Nordeste Do Brasil

“…Considerando-se a possibilidade de suas características de expressiva redução por um período relativamente curto, mesmo que possíveis adiamentos ou cessações no desejo de ter filhos e um aumento no uso de métodos anticonceptivos modernos tenham contribuído para a redução das concepções, há, também, que se atribuir à interrupção de gravidezes por abortos como fator pivotal para a variação observada. Abortos estes que, até mesmo, buscaram respaldo jurídico para que mulheres infectadas pela Zika vírus fossem autorizadas a realizá-los (MARTELETO et al, 2017;NUNES;PIMENTA, 2016;ZANATTA-COUTINHO;BRANCO-SIMÃO, 2021;CASTILHOS;ALMEIDA, 2020;STOLOW et al, 2022). Interessante notar, em síntese, a trajetória temporal cadente do nível dessas taxas quando observadas para o conjunto das mulheres, mas que são afetadas de forma diferente pela redução entre as mulheres de até 29 anos, pelo leve aumento entre das mulheres de 40 anos e mais, e pela relativa estabilidade com as mulheres de idade entre 30 e 39 anos, como um cenário de transição etária no padrão das concepções.…”