A partir da 5ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), o autismo passou a ser chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e é caracterizado como um transtorno de neurodesenvolvimento que resulta em comprometimento da comunicação, comportamento e interação social. O diagnóstico é realizado através de critérios clínicos e deve ocorrer precocemente com a finalidade de melhorar o prognóstico do portador desse transtorno. O presente estudo objetivou avaliar o conhecimento dos estudantes de medicina em uma universidade no estado de Santa Catarina/Brasil em relação ao autismo. Para tanto, fez-se um estudo exploratório e descritivo com abordagem quantitativa e amostra não probabilística com estudantes do ciclo clínico e internato de medicina. Os dados foram coletados por meio de um questionário pré-estruturado e validado, o qual foi traduzido e adaptado pelas autoras para mensurar o conhecimento técnico-científico a respeito do autismo. A partir dos questionários analisados, notou-se que grande parte dos estudantes já tiveram contato com um indivíduo portador do TEA e possuem bom conhecimento sobre o seu quadro clínico. Entretanto, os dados revelam um hiato importante de conhecimento entre os estudantes de medicina no que se refere a relação já desmitificada do autismo com a vacinação e as principais ferramentas de rastreio da doença. Ademais, grande parte dos estudantes não se sentem preparados para atender um portador do transtorno e seus familiares de forma que ações educacionais intervencionistas de qualidade, inquestionavelmente, podem acrescentar e aprimorar o conhecimento e a confiança dos estudantes de medicina.