Abordagem ao adolescente e ao jovem nas políticas públicas de saúde no Brasil: um estudo de revisão

Abstract

Este artigo teve como objetivo analisar a abordagem e a concepção de adolescente e jovem presentes nos documentos oficiais de saúde publicados pelo Ministério da Saúde, bem como a organização da atenção à saúde proposta para esses sujeitos. Além disso, objetivou contrapor, comparar e relacionar os documentos oficiais com as experiências e pesquisas publicadas nas bases selecionadas, buscando propor estratégias de aperfeiçoamento para as políticas de saúde atuais. Estudo de abordagem exploratória e descritiva, com caráter documental, realizado por meio de revisão de documentos oficiais publicados pelo Ministério da Saúde e de artigos disponíveis em bases científicas selecionadas. Por meio da análise de conteúdo e da estruturação de três categorias analíticas, os dados foram discutidos considerando: a concepção de adolescência e juventude; a perspectiva das políticas públicas para os jovens; e a análise do processo saúde-doença na juventude versus as práticas de saúde. Como resultado, foi possível identificar que a abordagem do setor saúde centra-se no conceito de adolescência, numa perspectiva do risco, com pouco enfoque para a juventude, o que tem repercussão nas políticas públicas estruturadas. Na área da saúde, as publicações analisadas evidenciam a compreensão do processo saúde-doença de forma fragmentada, com pouca repercussão para uma atenção integral à saúde dos jovens. As evidências deste estudo apontam para a necessidade de integração da saúde com outras políticas voltadas para os jovens, a necessidade de diálogo com as produções acadêmicas sobre juventude para a melhoria das ações ofertadas a essa população e a incorporação desse referencial na área da saúde.

Oficinas educativas como estratégia de promoção da saúde auditiva do adolescente: estudo exploratório

“…The speech of interviewed teenagers about their perception of the dynamics of the workshops showed appreciation and approval of the proposed activities. For authors (26)(27)(28)(29) , health education, in working with adolescents, should understand the development of actions that democratize access to information. Such access is necessary to provide them with health and other social rights.…”

Utilização da caderneta de saúde do adolescente: percepção de profissionais

“…Os adolescentes e jovens fazem parte de um grupo pouco assíduo dos serviços de saúde e concentram riscos e ameaças característicos dessa fase da vida, por isso passaram a ser foco de ações programáticas e políticas públicas voltadas para a qualidade de vida e redução das principais vulnerabilidades, sendo a Atenção Primaria de Saúde (APS) considerada o meio oportuno para tal finalidade (4,5) .…”

Potência de ação da juventude em uma comunidade periférica: enfrentamentos e desafios

“…Youth participation is regarded as necessary, because there is a set of ideas that ideologically exalts young people as subjects who have the potential to transform society 3 . These subjects, however, are always considered in terms of relations of control and tutelage, because according to a number of ideas current in society, youth represents threats, risks and vulnerabilities 4 . In short: [...] youth policies are not merely the passive portrait of dominant manners of conceiving the youth condition, but can operate actively in producing new representations 5 .…”

“…However, the very lack of consensus on concepts such as adolescence and youth results in imprecision in specifying public policies for these individuals. Rather than youth, many authors have preferred the term youths (in the plural), with a view to bringing out the peculiarities of this age group 6 , in an endeavour to surmount the recurrent homogenisations of Brazilian youth contained in laws and government programmes 4 .…”