RESUMO -Este trabalho tem como objetivo quantificar as interações ve r ba is do paciente com seus pa res e com o grupo da enfermagem e identificar sua distribuição entre as áreas expressiva e instrumenta l. A pa rtir do reg is tro da comunicação verbal de dez pacientes com seus pares e com o grupo da enfermagem, cada paciente fo i submetido a observação po r um período aproximado de quarenta horas. O referencial teórico utilizado fo i o de Ba les. Os resultados aponta ram predominância significativa da comu nicação instrumenta l dos sujeitos estudados com seus pares e com o grupo da en fermagem, indicando que este grupo tem privilegiado o seu foco secu ndário de atuação. As técnicas, em detrimento do seu fo co central é a manutenção de relações interpessoais visando ao atendimento do paciente como pessoa. pessoa.ABSTRACT -The objective of this study was to quantify the verba l interaction of the patient with his ward mates and with the nursing staft, as well as to identify its distribution between the exp ressive and instrumental areas. Verbal communication of 10 patients with their wa rd mates and with the nursing staff has been reco rded. Each patient has been observed fo r nearly 40 hours. The referencial theory of Bales has been used. The reslilts ind icate a significant preva lence of instrumenta l commu nication of the subjects studied with his wa rd mates and with the nurses, which indicélte that this nursing staft acted in terms of their seconda ry focus. lhe techniques, concerning to their central focus is the ma intenance of interpersonal relationsflips focusing the pacient as an individual.
INTRODUÇ ÃOÀ respeito da importância atribuída teori camente à comunicação no âmbito da enferma gem, a ponto de reconhecer a sua centralidad� no processo de assistência, o que se extrai de observações e de algumas pesquisas" 7 8 9 1 0 é que na prática não se verifica esta corres pondência, pelo menos na proporção esperada pelos te6ricos de linha humanística que vêem a comunicação numa perspectiva terapêutica.KASCH' af" mna que terapia é fundamen talmente . um processo comunicativo e interpes soai. Aponta que, embora haja pouco consenso sobre o que consiste comunicação terapêutica, a maioria dos investigadores concorda que comu-' nicação no contexto da terapêutica é um fato que promove saúde.Nessa perspectiva, segundo a autdra, têm-se admitido, com freqüência, que as demandas comunicativas dos contextos terapêuticos são semelhantes e que os conceitos que orientam as interações entre terapêuta e cliente podem ser aplicados a encontros entre o enfermeiro e o paciente.