RESUMO A declividade do terreno contribui para o escoamento das águas, pois quanto maior for o trecho em declive, maior será o escoamento da água pela superfície, arrastando outros materiais para os recursos hídricos superficiais, influenciando a qualidade da água e a infiltração e nos processos erosivos fluviais e pluviais, assim como na tipologia da vegetação, bem como contribui para a formação do solo e serve de indicador na definição de áreas de risco e restrição de uso. A declividade dos rios pode ser associada à velocidade do escoamento, transporte de sedimentos e conformação das áreas de preservação permanentes. Este trabalho teve como objetivo analisar a declividade do terreno na bacia hidrográfica do ribeirão Pederneiras, estado de São Paulo e classificá-la quanto as áreas aptas e inaptas à mecanização agrícola. A área de estudo está localizada entre as coordenadas geográficas 22°20' e 22°26' de latitude S e 48°44' e 48°56' de longitude W Gr., situadas nos municípios de Agudos e Pederneiras, do estado de São Paulo, com uma área de 14918,28 ha. Os mapas de declividade foram elaborados por meio de técnicas de geoprocessamento, tendo-se como base cartográfica: as cartas planialtimétricas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e a imagem do satélite Sentinel-2 em ambiente de Sistema de Informação Geográfica-ArcGis 10.4.1. As classes de declividade do solo foram classificadas como relevo plano (0-3%), suave ondulado (3-8%), ondulado (8-20%), forte ondulado (20-45%), montanhoso (45-75%) e escarpado (> 75%) e áreas para mecanização agrícola como aptas (áreas mecanizáveis) e inaptas (áreas não mecanizáveis). Os resultados mostraram que o relevo plano e suavemente ondulado predominou em quase 89% da área, enquadrando-as em áreas aptas à mecanização com pequenas restrições.