2004
DOI: 10.1590/s0103-40142004000100017
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A trajetória do negro na literatura brasileira

Abstract: PRESENÇA DO NEGRO na literatura brasileira não escapa ao tratamento marginalizador que, desde as instâncias fundadoras, marca a etnia no processo de construção da nossa sociedade. Evidenciam-se, na sua trajetória no discurso literário nacional, dois posicionamentos: a condição negra como objeto, numa visão distanciada, e o negro como sujeito, numa atitude compromissada.Tem-se, desse modo, literatura sobre o negro, de um lado, e literatura do negro, de outro. O negro como objeto: a visão distanciadaA visão dist… Show more

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“…O estereótipo é a causa e o efeito do pré-julgamento de um indivíduo por seu pertencimento étnico. É a base ideológica de dominação do negro pelo branco (BASTIDE, 1972;BROOKSHAW, 1983;PROENÇA FILHO, 2004). Os estudos de Roger Bastide, de David Brookshow e de Domício Proença Filho, no campo da literatura, realizam uma espécie de senso da participação do negro na literatura brasileira, do século 17 ao 20.…”
Section: Literatura Infantil Brasileira Em Perspectivaunclassified
“…O estereótipo é a causa e o efeito do pré-julgamento de um indivíduo por seu pertencimento étnico. É a base ideológica de dominação do negro pelo branco (BASTIDE, 1972;BROOKSHAW, 1983;PROENÇA FILHO, 2004). Os estudos de Roger Bastide, de David Brookshow e de Domício Proença Filho, no campo da literatura, realizam uma espécie de senso da participação do negro na literatura brasileira, do século 17 ao 20.…”
Section: Literatura Infantil Brasileira Em Perspectivaunclassified
“…6 Encontram-se também tentativas de desconstruir a ideia por meio de exemplos extraídos de sua produção literária e da inclusão da literatura negra como uma parte de sua obra dentro da "Literatura Brasileira de Machado". 7 Há ainda as que apresentam acusações de parcial (Brookshaw 1983) ou total indiferença (Proença Filho 2004;Rodrigues 1997). No século XXI temos propostas mais inclusivas e abrangentes (Eduardo de Assis Duarte, Selma Vital, entre outros) ao redor da identificação racial de Machado de Assis e da importância da questão racial na sua obra.…”
Section: Machado De Assis Afrodescendenteunclassified
“…O tratamento do afro-brasileiro como objeto nas composições em prosa não configura, no entanto, uma literatura negra, longe disso. De fato, a narrativa ficcional apresenta a tendência de trazer de volta uma pseudo-realidade, um mundo verossímil e plausível; para isso, bem como na sociedade brasileira do século XIX, também nos romances estão presentes indivíduos afro-brasileiros, e estes são relegados a papéis marginais, como o manso escravo, o escravo demoníaco, o negro vítima, o negro pervertido e objeto sexual, tanto masculino quanto feminino (PROENÇA FILHO, 2004). O uso de tais estereótipos parece reforçar a visão preconceituosa sobre o negro, e certamente, não reforça sua dignidade humana e étnica.…”
Section: Historiografia Literáriaunclassified