A teoria do agir comunicativo e sua contribuição para a relação professor-aluno no ensino superior

Abstract

Este estudo tem como objetivo analisar o impacto da relação professor-aluno no processo de aprendizagem no ensino superior na perspectiva da Teoria do Agir Comunicativo, desenvolvida por Jürgen Habermas. Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica na qual foram selecionados e analisados artigos publicados entre 2006 e 2016 que apresentem uma discussão acerca da correlação entre a Teoria do Agir Comunicativo e a educação, de modo especial no ensino superior. A teoria de Habermas não foi originalmente elaborada para compreender a educação, mas apresenta valiosas contribuições nesse campo. Verificou-se que a relação professor-aluno, quando baseada numa razão comunicativa, que valoriza a interação entre sujeitos mediada pela linguagem e pela capacidade argumentativa, favorece o entendimento mútuo, o afloramento de novos conhecimentos e a emancipação humana.

Contribuições Éticas Do Agir Comunicativo Para a Pesquisa Na Educação Superior

“…O aprendizado que gera o conhecimento se origina da construção humana, da criatividade, da capacidade de inovação e de renovação contínuas, inerente ao humano. Desta forma, o mundo humano acaba sendo o próprio conteúdo da educação, uma construção pedagógica (BOUFLEUER, 2001;MÜHL, 2003;LONGHI, 2008;MEIRELES et al, 2017).…”

Diálogos entre Professores de Matemática em Formação e Professores de Matemática Experientes

“…Neste caso, a busca pelas posturas profissionais mais articuladas com os objetivos educacionais de valorização da interação entre sujeitos, mediada pela linguagem e pela capacidade argumentativa, possibilita que os professores em formação almejem maior êxito no processo educacional sem perder suas subjetividades, o que favorece o entendimento mútuo, o afloramento de novos conhecimentos e a emancipação humana (MEIRELES et al, 2017).…”

Análise do perfil dos discentes do Curso Bacharelado em Ciência e Tecnologia e sua relação com a aprendizagem em cálculo

“…Portanto, vê-se que esse perfil autorretrato do aluno de BCT retrata aqueles que buscam compreender o conteúdo somente a partir do que é ministrado em sala de aula e que não se torna suficiente para a aprovação na matéria. Este perfil é o que mais tem potencial para ter resultados positivos em quaisquer componentes curriculares, pois, segundo Meireles et al (2017), é importante haver uma abertura entre o professor e o aluno para uma construção racional de conhecimento, visto que o compartilhamento de informações de forma natural se torna mais eficaz quando fundamentada em relações sociais e não somente com exercícios isolados.…”