“…Para acessar pontos dentro dessa discussão, inclusos no debate sobre religião e espaço público, a música, em suas práticas por ministérios jovens ligados ao worship, pode ser uma chave para além das iniciativas em espaços político-institucionais que se ocupam em utilizar o conceito de "cultura" como uma justificativa na busca de políticas culturais (uma vez mais, retorno aos trabalhos de Mafra, 2011, e Sant'Ana, 2013. Ao considerar a pertinência de variados caminhos heurísticos para investimentos de pesquisa futuros sobre o gospel, gostaria de enfatizar pelo menos dois possíveis: um estaria relacionado com a noção de "sensibilidade secular" (Dullo;Quintanilha, 2015), que envolveria evangélicos e espaço público pela via da política e que, conforme entendo, poderia também ser ampliada às relações evangélicas com a "cultura" por meio da música gospel; e o outro, inspirado no trabalho de Almeida (2018) noutro contexto religioso, colocaria ênfase nas combinações do worship com o mercado fonográfico, visando analisar a "cultura" e o "secular" desde as relações entre a música no ritual e a música gravada.…”