“…Entre os principais dilemas do cinema operário alemão, nos demonstra Ilma Esperança (1993: 14), um aqui pode ser destacado 1 : "poderiam esses filmes esclarecer e mobilizar o público, isto é, seriam adequados par a luta política?". Esse problema, transplantado para o Brasil e em outro sistema semiótico que não o cinema, parece ainda se acentuar de forma ainda mais contundente já que, segundo Gabriela Pellegrino Soares (2007), na década de 1920 quase 70% da população brasileira era analfabeta 2 , índice que não diminui muito até a década de 1940, que tinha cerca de 56,2% de analfabetos. Esse índice é de se esperar que seja ainda maior quando se trata da população pobre do país, incluindo aí o proletariado, mesmo das cidades grandes como São Paulo, local onde se passa a narrativa do livro de Patrícia Galvão.…”