A saúde no adolescer com HIV/aids: caminhos para uma agenda pós-2015

Abstract

RESUMO Objetivo Relacionar a percepção de saúde do adolescente que vive com HIV/aids com possíveis estratégias para reduzir a propagação do vírus. Método Estudo qualitativo, exploratório-descritivo, desenvolvido no Serviço de Atendimento Especializado, em um município do interior do Rio Grande do Sul, com 15 adolescentes que vivem com HIV/aids. As informações foram coletadas em 2013 por meio de entrevista semiestruturada e analisadas pela análise temática. Resultados A análise das informações resultou em duas categorias: Percepções de Saúde e Adolescer com HIV/aids as quais possibilitaram relacionar o viver com HIV/aids e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio com estratégias que possibilitem reduzir a propagação do vírus. Conclusões Os adolescentes com HIV/aids percebem-se saudáveis, portanto, as estratégias para a redução da propagação do vírus devem estar centradas no autocuidado e na redução do preconceito e do estigma na sociedade, sendo estas ações sugeridas como pauta à próxima agenda de objetivos do milênio.

Dificuldades encontradas pela família no cuidado à criança/adolescente com HIV

“…Segundo estudo analisado, observouse que a partir dos 11 anos as crianças/adolescentes entrevistadas referiram começar a compreender um pouco melhor sobre sua sorologia 11. A revelação do diagnóstico é um marco inicial para a construção da história de vida da criança/adolescente. Contudo, esse momento, embora necessário na sua vida e em seus cuidados gera uma série de reações e sentimentos, muitas vezes negativos, já que se trata de uma doença que interfere em diversos aspectos, como os sociais e emocionais, em virtude do estigma ainda existente na sociedade 12 A percepção de mundo é diferente e ampliada na adolescência e por isso, a revelação do diagnóstico é necessária e essencial para que ocorra o sucesso do Tratamento Antirretroviral (TARV). O adolescente com HIV precisa conhecer e participar das decisões relacionadas ao processo saúde-doença de forma singular e integral 12 .…”

Atención de salud de los adolescentes en Brasil: scoping review

“…A temática de adolescentes vivendo com o vírus da imunode$ciência humana (HIV) foi contemplada em cinco artigos, dos quais três foram publicados em 2013 (Mesquita & Torres, 2013;Motta et al, 2013;Moura et al, 2013). Estudos qualitativos de avaliação dos serviços e atendimentos predominaram, cujos objetivos principais foram: identi$car a atuação da equipe multiprofissional de saúde na atenção integral ao e à adolescente vivendo com HIV (Mesquita & Torres, 2013); conhecer a percepção e a vivência em relação ao tratamento antirretroviral do e da adolescente com HIV (Motta et al, 2013); investigar as lacunas entre o conhecimento sobre o HIV e o comportamento sexual de adolescentes do ensino médio (Moura et al, 2013); relacionar a percepção de saúde do e da adolescente que vive com HIV a possíveis estratégias para reduzir a propagação do vírus (Sehnem et al, 2015); e conhecer a percepção de jovens com HIV diagnosticados na adolescência acerca do aconselhamento recebido na ocasião do teste (Taquette et al, 2017).…”

Feminilidade E Câncer De Mama: O Que Pode a Mulher?

“…O diagnóstico da infecção pelo HIV é primordial, pois marca a construção de uma nova história na vida do/a adolescente, que tende a sentir diversas reações emocionais negativas, com impactos expressivos nos aspectos físicos, psicológicos e sociais, advindos do estigma da AIDS (SEHNEM, et al, 2015).…”

“…O tratamento disponibilizado pelo SUS, isto é, a TARV, diminui a hospitalização, as doenças oportunistas, favorece a longevidade da vida, facultando a pessoa com HIV, maior perspectiva de vida e de futuro (SEHNEM et. al., 2015).…”