A saúde e o envelhecimento de pessoas com Síndrome de Down: O que dizem os trabalhadores da Atenção Primária à Saúde

Abstract

Analisar a compreensão de trabalhadores da Atenção Primária à Saúde sobre a saúde e a condição de envelhecimento de pessoas com Síndrome de Down. Abordagem quali-quantitativa, exploratório, realizado com trabalhadores da Atenção Primária à Saúde de um município do sul do Brasil. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, realizando-se análise do Discurso do Sujeito Coletivo para os dados qualitativos e os quantitativos, tratados descritivamente. Participaram 57 trabalhadores. Houve predominância do sexo feminino (82,5%). A média geral de idade, independentemente do sexo, foi de 44,8 anos. A partir da análise do Discurso do Sujeito Coletivo, emergiram quatro temas: i) concepções dos trabalhadores sobre pessoas com Síndrome de Down; ii) a percepção de trabalhadores sobre a saúde de pessoas com Síndrome de Down; iii) o cuidado integral de pessoas com Síndrome de Down e iv) o (re)conhecimento da Avaliação Multidimensional Rápida da Pessoa Idosa e a prospecção do cuidado em saúde de pessoas com Síndrome de Down. Constatou-se que o cuidado de pessoas com Síndrome de Down ainda está fortemente vinculado aos serviços especializados, ou seja, é frágil a relação entre essas pessoas e a Atenção Primária à Saúde, está atrelada além das diferenças físicas, as cognitivas e de comportamento dessas pessoas.

Sindrome De Down: Cuidados Da Equipe De Enfermagem

“…Os cuidados de enfermagem também englobam na orientação da família a respeito do desenvolvimento da criança com síndrome de down. Os cuidados a crianças com down de dois anos aos dez é a manutenção de uma vida saudável com uma alimentação equilibrada já que eles são propensos a ter um aumento de peso, orienta a família importância de se fazer os exames periódicos para avaliar a saúde e desenvolvimento, orienta a família a respeito de como essa criança está na sociedade e se esta interagindo com as pessoas (BRASIL, 2018).…”

“…O enfermeiro compara e sintetiza cada realidade conhecida, o que lhe permite um dialoga entre as diferentes realidades de cada paciente, podendo então servir de ponte para a conscientização da criança e da família, ajudando em todo o processo familiar, pois toda a criança ao nascer está apta ao conhecimento de seu desenvolvimento, porém com as crianças com SD esse processo será mais lento já que houve atraso no desenvolvimento de algumas áreas, no entanto é de importante que a família saiba que existem recursos de saúde que ajudam na estimulação do desenvolvimento dessas crianças, como é o caso da assistência multiprofissional, que conta com fonoaudióloga, fisioterapeuta, enfermeiro, medico e assistência psicológica (COELHO, 2019). É de suma importância que o enfermeiro saiba como abordar a família sobre o diagnostico dessa criança utilizando assim à atuação do ser humano com base no relacionamento do ser humano a liberdade e na trajetória dos portadores da síndrome de Down, pois a falta de informação traz consigo noções apenas de dependência fortalecendo o estereotipam de que todos os portadores de síndrome de Down são dependentes (BRASIL, 2018).…”

Percepção de pais diante do diagnóstico de Síndrome de Down e acesso aos serviços de saúde

“…Entretanto, a falta de informação dos profissionais sobre as especificidades do paciente com necessidades especiais e o comprometimento da relação profissional-paciente são fatores que indicam a precariedade e a inadequação dos serviços de saúde para pessoas com deficiência (Gotado & Almeida, 2016;Silva et al, 2021).…”