A representação social do enfermeiro acerca das práticas assistenciais aos usuários de álcool e outras drogas na estratégia de saúde da família

Abstract

A Deus e a energia inefável que nos anima e nos move com desejos e inspirações de um mundo melhor. Ao fantástico ser humano que o mundo colocou no meu caminho na graduação, na Universidade de Taubaté e que hoje não é apenas minha orientadora, é minha amiga que me anima, me motiva e que amo muito, Dra Márcia Aparecida Ferreira de Oliveira: uma mulher para lá de especial. Muito obrigado por acreditar em mim e me possibilitar mudar alguns paradigmas, não apenas profissionais como pessoais também. A minha amiga e irmã, Bianca Cristina Bueno da Silva que não mediu esforços me ajudando na concretização desse sonho. A todos os meus amigos que me motivaram nessa trajetória, em especial a Cristina Rocha, Dr. Guilherme Brito e Dr. Renata e aos seus filhos Diogo, Guilherme e Carolina. Aos meus colegas e amigos enfermeiros e médicos de toda a rede municipal de Lorena, tanto do pronto-socorro quanto da atenção básica, em especial, às minhas colegas da estratégia de saúde da família que participaram da entrevista. À Secretaria Municipal de Saúde de Lorena, por ter possibilitado e entendido a importância deste trabalho, principalmente, por identificar a assistência aos usuários de álcool e outras drogas no município e, através disso, poder construir e implementar uma política pública de saúde para esses indivíduos. Aos amigos que fiz dentro da EEUSP, principalmente do GEAD (Grupo de Estudos em Álcool e Outras Drogas) pelo companheirismo e apoio, não somente neste projeto, como em outros da minha vida. A todos os outros professores da EEUSP que me ensinaram muito, motivaram, cobraram e que, direta ou indiretamente, contribuíram para essa realidade como o Dr. Divane de Vargas e Dra Luciana de Almeida Colvero que participaram da minha qualificação e contribuíram com seus apontamentos para a concretização deste estudo. A todos os funcionários da EEUSP pela ajuda, orientação e motivação, principalmente ao Marcello Baptista e a Silvana Maximiano. Aos meus sobrinhos, tios, cunhados e primos que vibram e torcem por mim. Aos amigos da Câmara Municipal de Lorena, Flávia, Regina, Poti, Careca e Verusca, funcionários e vereadores que se sensibilizaram com a causa e a problemática do Álcool e Outras Drogas e entenderam que a bandeira é também uma política e, portanto, uma responsabilidade de todos nós.

A representação social dos enfermeiros de serviços de urgência e emergência acerca da assistência aos usuários de álcool e outras drogas

“…As primeiras manifestações da reforma objetivaram a produção da transformação do modelo assistencial destinado às pessoas com transtornos mentais, modelo este que tinha como respaldo o paradigma psiquiátrico hospitalocêntrico (Vieira, 2010).…”

“…Esse paradigma transforma a loucura em doença, produzindo demandas por tratamento e assistência, distanciando o louco do seu convívio sob a alegação de que são perigosos para a sociedade (Vieira, 2010 Desta forma a Reforma Psiquiátrica deixa de ser um movimento e transforma-se e uma estratégia assistencial e uma política de saúde aos portadores de transtornos mentais que busca a transformação das práticas, dos saberes e do modo como a sociedade se relaciona com a loucura (Vieira, 2010 Para Gramsci a representação social possibilita a compreensão da "combinação específica das idéias das classes dominantes e das concepções dos grupos subalternos numa relação de dominação, subordinação e resistência entre os dois pólos permanentes" (apud Minayo, 2006, p. 232).…”

“…Muitas vezes, o desconhecimento para lidar com determinadas situações traz sentimentos de medo e nervosismo, neste contexto podemos entender estes sentimentos na perspectiva do estigma que é imposto aos usuários de álcool e outras drogas, que permanece inalterado no imaginário do senso comum, tendo em vista que a influência deste conceito tem apresentado um importante impacto, tanto para a definição das políticas públicas, quanto para ações de prevenção e tratamento (Ronzani, Furtado;2010).…”

“…Esta assistência só será possível com o estabelecimento de três fatores inter-relacionados: mudança de atitudes, busca de conhecimento e aperfeiçoamento das habilidades. Cada vez mais, o usuário prejudicial de álcool e outras drogas faz parte do cotidiano dos serviços de urgência e emergência, sendo extremamente necessárias estas mudanças (Vargas, Labate, 2005, Vieira, 2010 Temos em vista que a necessidade do usuário de álcool e outras drogas no atendimento emergencial, seja por intoxicação da droga ou por crise de abstinência, não se encerra no atendimento agudo dos sinais e sintomas, mas sim numa avaliação mais concisa em que uma equipe interdisciplinar possa acolher esse usuário num ambiente terapêutico, buscando uma hipótese diagnóstica e encaminhá-lo com responsabilidade compartilhada para um tratamento.…”