2008
DOI: 10.5380/diver.v1i01.34006
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A relação entre gênero, sexualidade e prostituição

Abstract: O presente artigo resultou de uma pesquisa qualitativa realizada com prostitutas da cidade de Mossoró-RN. Apresenta algumas reflexões que perpassam o cotidiano da prostituição feminina, entendida como um fenômeno que legitima o sistema capitalista-patriarcal, envolvendo muitas mulheres em diferentes realidades, culturas, valores, condições socieconômicas, etc. A prostituição é vista e desligitimada socialmente por romper com  padrões e modelos de gênero e sexualidade impostos às mulheres. Essa controversa prob… Show more

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“…The moral degradation of this activity can be attributed to the sexual practices, which come to emphasize a kind of 'criminal sexuality', with the quotidian of this activity favoring the discrimination of this segment. The oppression to which this group is subject trivializes the violence against the women, on the grounds that these assaults are inherent to the activity of prostitution (15) . In the discourses, the women consider the street a bad space and express that everyone knows of their activities.…”
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“…The moral degradation of this activity can be attributed to the sexual practices, which come to emphasize a kind of 'criminal sexuality', with the quotidian of this activity favoring the discrimination of this segment. The oppression to which this group is subject trivializes the violence against the women, on the grounds that these assaults are inherent to the activity of prostitution (15) . In the discourses, the women consider the street a bad space and express that everyone knows of their activities.…”
Section: Resultsmentioning
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“…This psychological and social violence leaves invisible marks, as proved by this group routinely being the target of prejudice, stigma and discrimination by society (15) .…”
Section: Resultsmentioning
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“…No exercício da prostituição feminina observa-se que a promiscuidade constitui um estereótipo associado a comportamentos e práticas sexuais marcadas socialmente pela imoralidade, devassidão e desregramento (18) . Embora não exista consenso na literatura acerca do conceito de promiscuidade, não se pode afirmar que ela seja parte da natureza ou essência de um indivíduo, pois constitui uma produção cultural determinada historicamente (19) enquanto reflexo da sociedade patriarcal e de desigualdades nas relações de gênero (18) . Desse modo, as práticas das prostitutas são erroneamente interpretadas, levando-as a ter uma imagem desvalorizada, materializada sob a forma de preconceito, estigma e marginalização (18)(19) .…”
Section: Discussionunclassified
“…A violência contra a mulher 4 passa a ser reconhecida pelo Estado como um problema público, a partir do final da década de 1970. Essa temática é oriunda das mobilizações protagonizadas pelo movimento feminista 5 que, inicialmente, esteve mais ligado à denúncia das violências e, num segundo momento, desenvolveu ações, visando garantir o atendimento e o apoio por meio de serviços específicos para essas mulheres, a exemplo da experiência dos SOS Mulher no Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo e das Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs) 6 (QUEIROZ, 2008).…”
Section: Introductionunclassified
“…Essa pequena redução do número de mulheres vitimadas pela violência entre os anos pesquisados pode ser atribuída, em parte, à sanção da Lei Maria da Penha, que, por si só, não tem sido suficiente para erradicar esse tipo de violência. 4 Atos que, pela ameaça ou força, são praticados contra as mulheres nos espaços privados ou públicos, bem como as agressões físicas, sexuais, morais, psicológicas e discriminações, visando intimidar, punir e humilhar, ferindo a integridade física e subjetiva das mulheres, constituindo-se numa violação de direitos humanos e num grave problema de saúde pública (QUEIROZ, 2008). 5 Nessa época, o slogan "Quem ama não mata" era emblemático das lutas pelo fim da violência contra as mulheres.…”
Section: Introductionunclassified