A política tornou-se num dos principais instigadores do fenómeno mediático amplamente designado por “notícias falsas”, especialmente desde a eleição de Donald Trump em 2016 (Figueira & Oliveira, 2017; Albright, 2017). A popularização deste termo no espaço público também foi acompanhada pelo crescente interesse dos académicos. Por exemplo, hoje discute-se até que ponto a emergência de conteúdos falsos ou manipulados pelos média determina o distanciamento dos cidadãos dos meios de comunicação tradicionais (Tandoc, Zheng & Ling, 2017; Cádima, 2018). Este artigo procura estudar o terreno tecnológico da desinformação, através de uma amostra não-probabilística definida por conveniência (Quivy & Campenhoudt, 1992) e de análise manifesta e latente de factos sociais e mediáticos (Bengtsson, 2016), focadas em diversas plataformas digitais desenhadas para combater as notícias falsas, como Checazap, Fátima, NewsGuard, Polígrafo e Snopes. Os resultados sugerem que a maioria dessas plataformas ainda enfrenta um problema de visibilidade pública, apesar das diferentes possibilidades de relatórios e confiabilidade.