A realidade de idosos que vivem com AIDS no Brasil: uma revisão integrativa

Abstract

A epidemia de HIV/AIDS atingiu seu pico na década de 1990 e vitimou milhões de pessoas pelo mundo antes do desenvolvimento de tratamentos. Hoje, o diagnóstico não é mais uma sentença de morte e cresceu o número de idosos que vivem com a doença, seja porque contraíram jovens e sobreviveram, seja porque se infectaram tardiamente. Torna-se, assim, relevante analisar as percepções sociais e as condições de vida do idoso com HIV no Brasil. O objetivo deste estudo foi verificar o conhecimento científico produzido sobre a visão da sociedade, a visão dos profissionais de saúde, e sobretudo a visão do idoso sobre a própria sorologia positiva para HIV, além de analisar a adesão ao tratamento antirretroviral. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura e, para tal, foram consultadas as bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Foram identificados inicialmente 127 textos, dos quais foram selecionados para análise 10 artigos, formando 3 categorias: Visão da Sociedade e do Profissional de Saúde; Visão do Idoso; Tratamento do Idoso com HIV/AIDS. A partir dos resultados encontrados, conclui-se que os idosos portadores de HIV estão mais vulneráveis, pois não recebem a devida atenção da sociedade e dos profissionais de saúde, contribuindo com um diagnóstico tardio, o que afeta na adesão ao tratamento.

Nível de conhecimento dos idosos de um centro de convivência sobre o HIV: Suas particulariades e atualidades

“…Diante dos relatos, é possível perceber essa associação do HIV/Aids direcionados a impactos negativos. Por esse motivo, Martinelli et al (2021) descreve como os pacientes portadores de HIV tendem a se isolarem de seu meio social e familiar, tornando a sua realidade e seu cotidiano bastante solitário. Essa catastrofização, também percebida por Maschio (2011), como uma frequente associação da AIDS com a morte, acaba reverberando perante os idosos como uma doença "ruim", "perigosa" sem cura.…”