A Questão da Identidade Nacional na Escrita Portuguesa Contemporânea

Insularidade e identidade em Onésimo Teotónio Almeida: da cultura à literatura

“…Hoje, solidificado já o processo de autonomia política e arrefecidos os excessos de um discurso político-independentista, enfim, serenados certos fantasmas de ruptura, mostra-se relativamente consensual o reconhecimento de uma identidade cultural açoriana e de uma literatura açoriana, sem os preconceitos ou os ressentimentos de outrora. Entre os factores mais significativos desse processo de institucionalização da literatura açoriana 13 destacam-se: a intensidade da publicação de livros e autores, quer no arquipélago, quer no espaço alargado da diáspora, incluindo o continente; a crescente publicação de estudos críticos, sob a forma de artigos, ensaio ou teses académicas, em diversas universidades europeias e americanas; relacionadamente, a realização de seminários, jornadas ou de colóquios académicos, dentro e fora do arquipélago; 14 a publicação de revistas, bem como de ricos e actuantes suplementos culturais e literários na imprensa pe-12 Tal como no plano nacional, Onésimo Teotónio Almeida (1991) se debruça sobre a escrita portuguesa contemporânea enquanto forma privilegiada de expressão artística e de reflexão crítica sobre a "questão da identidade nacional", sua história e idiossincrasias. Ou seja, a escrita como modo de "pensar Portugal", para usarmos uma expressão muito repetida.…”

Língua portuguesa como marca distintiva: uma escola de identidade timorense na ocupação indonésia

“…Considerando o propósito deste artigo, seguimos Almeida (1991) quando considera que é mais importante identificar as ideias-chave emergentes sobre a identidade preconizada pela escola do que fazer o debate teórico de conceitos como identidade cultural ou identidade nacional. Interessou-nos identificar nas concepções atuais dos entrevistados as ideias-chave sobre o papel da LP na construção de uma identidade distintiva que os promotores e membros da comunidade escolar do ESJ decidiram promover num contexto identitário complexo.…”