“…Para os agricultores mais afastados do eixo da rodovia, desprovidos de recursos e sem possibilidades de obter o crédito, "(...) a busca do trabalho acessório não é uma simples opção, mas um imperativo da sua escassez de recursos, uma característica de sua condição de dependência , que o transforma, durante alguns meses do ano, num trabalhador obrigado de um vizinho abastado, de quem, na realidade, não passa de um morador ou um agregado. Por sua vez o grande proprietário tem todo interesse em que se conserve, sem quaisquer ônus para ele, em suas redondezas, um razoável contingente de camponeses pobres, de que se utiliza como viveiro de braços , e onde irá buscar para certos trabalhos ocasionais, a mão-de-obra que necessita em seu latifúndio" (Kautsky 1972apud Guimarães 1989. "O trabalhador continua preso à sua terra, à organização familiar camponesa, e, não raramente, em suas incursões estacionais ao trabalho assalariado ou quase-assalariado, tem a pretensão __________________________________________________________________________________________ Paper do NAEA 164, Abril de 2002 ISSN 15169111 ilusória de obter, além da achega à manutenção da família, também um pequeno produto suplementar para investir em sua exploração" (ibid.…”