A questão agrária em São Paulo: o debate sobre o fim do colonato e o surgimento do boia-fria na agricultura paulista

Abstract


 
 
 
 O artigo discute o colonato, modo de trabalho da cafeicultura paulista do Oeste Paulista, propondo interpretá-lo como parte do processo de autonomização do capital e de aplicação da colonização sistemática no Brasil, necessitando, pois, da cessão mediada de terras para o trabalhador. Também aborda algumas teorizações clássicas sobre o processo de limitação da existência do colonato nas fazendas cafeeiras paulistas e, finalmente, recupera um debate acadêmico travado entre Verena Stolcke e José Graziano da Silva sobre a modernização da agricultura e o fim do colonato. Com isso, procura explicitar as divergências nas interpretações do mesmo processo e analisa essas perspectivas como realces de aspectos pró- prios de um objeto contraditório.
 
 
 

Construção de assentamentos agroecológicos: desafios e potencialidades no acampamento Elizabeth Teixeira e grupo de extensão Motyrõ

“…O impacto objetivo na subjetividade dos que ficam é incomensurável. (2016, p. 44-45) Muitos sujeitos da reforma agrária em São Paulo se juntam na reivindicaçãoda terra, pela sua situação precária de vida, em busca pela sua sobrevivência, tendo sido a maioria, excluídos do mercado de trabalho, pela idade ou doenças (BOECHAT, 2020;CARVALHO, 1994). Assim, com o desgaste e o desânimo, as pessoas vão criando estratégias para se acomodarem na medida do que existe.…”