“…Os pacientes com PBP têm a sua capacidade de perceber o significado dos seus pensamentos e sentimentos bastante prejudicada, tendo uma grande dificuldade de auto-reflexão, visto que a função reflexiva destes pacientes pode estar separada da experência psíquica e afectiva (Fonagy, 2000). Isto também se relaciona com o facto da PBP poder ser considerada como uma manifestação de sintomatologia ego-distónica, apesar da maior parte das perturbações da personalidade serem tidas como ego-sintónicas (Grotstein, 1984;O'Donohue, Fowler, & Lilienfeld, 2007). Assim, segundo Fonagy (2000Fonagy ( , p. 1143, tendo em conta essa incapacidade de auto-reflexão, "Aceitar e reconhecer o caos mental do paciente e abandonar a postura tradicional de juntar as memórias, pode ser o primeiro passo do processo" (tradução do autor).…”