A prática pedagógica dos direitos humanos: marcadores sociais da diferença e o combate ao bullying

Abstract

Resumo: O artigo propõe analisar a atividade de docentes de direitos humanos em escolas de Caruaru/PE na promoção de educação para os Direitos Humanos (DH), no fortalecimento do combate ao racismo e à LGBTfobia via uma prática pedagógica antibullying. Utiliza-se a Análise de Conteúdo e as técnicas: conversas informais, observação e entrevistas semiestruturadas. O objetivo geral foi investigar como duas escolas de Referências do Ensino Médio promovem uma educação em e para os DH. Como resultado, compreende-se que os docentes promoviam timidamente uma prática pedagógica que problematizava as subalternidades interseccionaisos marcadores sociais da diferença. Entretanto, suas ações contra o bullying misógino, LGBT fóbico e racista nas escolas ainda é frágil e sem uma formação profissional tanto inicial como continuada. Assim, faz-se urgente uma profissionalização do professor do componente curricular de DH. Palavras-chave: Educação, Interseccionalidade, Bullying. LA PRÁCTICA PEDAGÓGICA DE LOS DERECHOS HUMANOS: MARCADORES SOCIALES DE LA DIFERENCIA Y EL COMBATE AL BULLYINGResumen: El artículo propone analizar la actividad de docentes de derechos humanos en escuelas de Caruaru/PE en la promoción de la educación en y hacia los Derechos Humanos (DDHH), en el fortalecimiento de la lucha contra el racismo y la LGBTfobia a través de una práctica pedagógica antibullying. Se utiliza el Análisis de Contenido y las técnicas: conversaciones informales, observación y entrevistas semiestructuradas. El objetivo general fue investigar cómo dos escuelas de Referencias de la Enseñanza Media promueven una educación en y para los DDHH. Como resultado, se comprende que los docentes promovían tímidamente una práctica pedagógica que problematizaba las subalternidades interseccionaleslos marcadores sociales de la diferencia. Sin embargo, sus acciones contra el bullying misógino, LGBTfóbico y racista en las escuelas todavía es frágil y sin una formación profesional tanto inicial y como continuada. Así, se hace urgente una profesionalización del profesor del componente curricular de DDHH. Palabras clave: Educación, Interseccionalidad, Bullying. INTERSECCIONALIDADE, DIREITOS HUMANOS E COMBATE AO BULLYINGNa sociedade brasileira, de forma mais ampla, e no cotidiano escolar, de maneira específica, temos processos de inteligibilidade social que materializam discursos, opiniões, representações e práticas baseadas no que é considerado ser macho ou fêmea, ser homem ou ser mulher, ser heterossexual ou homossexual, ser branco ou ser afro-brasileiro, ser pobre ou ser rico. Tais marcadores sociais determinam socializações e sociabilidades que incluem ou excluem indivíduos e ou grupos na reprodução das subalternidades e desigualdades em nossa sociedade. Como exemplo 1 Graduação em Licenciatura em História -UNICAP; Mestrado em Sociologia e Doutorado em Sociologia pela UFPE. 2 Graduanda em Licenciatura em Matemática -UFPE.

Educação Intercultural Crítica: tensões e estratégias na formação continuada de pós-graduandos indígenas pernambucanos

“…É ainda nesse caminho que a educação intercultural, numa perspectiva crítica, oportuniza inter-relacionar as práxis docentes com outras culturas, tornando assim uma sociedade mais plural e democrática com a possibilidade do aprendizado com as diferenças (Miranda;Lima, 2019). 5 O curso de Licenciatura Intercultural Indígena da UFPE teve duas turmas, a primeira iniciou em 2009 e a segunda iniciou em 2014, ambas por meio do Programa de Apoio às Licenciaturas Indígenas (PROLIND) A segunda turma se graduou em 2018.…”

Pedagogias alternativas e formação docente

“…Destaca-se que o campo da educação também tem sido um forte aliado na problematização, desestabilização e denúncia das desigualdades de gênero e de sexualidade. Quase sempre essas desigualdades resultam em processos preconceituosos, discriminatórios e excludentes no acesso e na permanência dessas pessoas à educação formal (LOURO, 2000;MISKOLCI, 2010;MIRANDA, 2011;MIRANDA;LIMA, 2019).…”

“…Ora ela é reprodutivista das desigualdades, ora ela subverte a ordem social estabelecida de classe (CUNHA, 1980;ALGEBAILE, 2009), etnia/raça (CANDAU, 2006;GOMES, 2012), educação do campo (PIRES, 2012) ou gênero e sexualidade (LOURO, 1997(LOURO, , 2008MISKOLCI, 2010;MIRANDA;LIMA, 2019).…”