“…Por exemplo, ainda que a região seja prioritária nos documentos de defesa brasileiros, os mecanismos de integração e cooperação na América do Sul passam por um processo de fragilização e fragmentação institucional (Barros e Gonçalves, 2019;Barros, Gonçalves e Samurio, 2020). Simultaneamente, o contexto geopolítico global aponta para uma multipolaridade instável, com crescentes disputas geopolíticas entre grandes potências afetando dinâmicas regionais (Leoni, 2021;Mazarr et al, 2018;Stuenkel, 2017). É o caso, por exemplo, da presença chinesa, russa e estadunidense na América do Sul, e dos esforços mútuos de competição por espaço em países da região (Ellis, 2015;Gallagher, 2016;Lima, 2019), inclusive em regiões limítrofes, com riscos crescentes para o Brasil, especialmente na Guiana (Marcelino e Barros, 2022).…”