A polifarmácia entre pacientes hipertensos e diabéticos em uma unidade de saúde

Abstract

Objetivo: Avaliar a presença de polifarmácia e interações medicamentosas entre pacientes hipertensos e diabéticos em uma unidade de saúde no estado do Pará. Métodos: Este estudo foi dividido em duas etapas: a primeira consistiu na aplicação de um questionário, avaliando variáveis sociodemográficas, clínicas e informações de polifarmácia; na segunda, foram detectados a presença de interações medicamentosas através do sistema Drug Interaction Checker. Resultados: Participaram do estudo 101 pacientes hipertensos e/ou diabéticos atendidos na Unidade Básica de Saúde do estado do Pará. A maioria foram pacientes mulheres (69,3%), com faixa etária superior ou igual aos 60 anos (67,3%) e com renda menor ou igual a um salário mínimo (51,5%). 41,6% (n=42) praticavam a utilização de 5 ou mais medicamentos. Foi identificado interações medicamentosas em 76% dos pacientes atendidos (n=77) e em 24% (n=24) não foi identificado qualquer interação. O programa Drug Interaction Checker identificou 237 tipos de interações medicamentosas, sendo 7% grave, 72% moderada e 21% leve. Conclusão: Enfatiza-se a necessidade de orientação aos pacientes acompanhados por doenças crônicas devido à complexidade do tratamento e a grande probabilidade de ocorrência de interações medicamentosas.

Estudo investigativo de interações medicamentosas em pacientes idosos poli medicados atendidos na rede pública de saúde de um município do Vale do Paraíba, São Paulo

“…Sua utilização em 60 regimes terapêuticos resultou em 172 IM (tabela 2). Outros autores (Silva et al, 2021;Veloso et al, 2019;Gotardelo et al, 2014;Bezerra et al, 2016;Andrade e Souza, 2018) também observaram a ocorrência de várias IM envolvendo este antiagregante plaquetário tal como, a diminuição dos efeitos dos antagonistas dos receptores da angiotensina II, diuréticos, betabloqueadores e dos inibidores da enzima conversora de angiotensina. Além disso, cabe sinalizar que a utilização prolongada de AINEs pode comprometer a função renal, principalmente em pacientes idosos, nos quais a depuração renal ocorre mais lentamente, necessitando de monitoramento clínico apropriado (Katzung, 2013).…”