RESUMOAs infecções cruzadas na assistência à saúde são reconhecidas como o evento adverso que mais ocorre durante o processo de internação de pacientes em hospitais; assim a adoção de medidas preventivas é legalmente recomendada pela Norma Regulamentadora 32, que estabelece a necessidade de higienização das mãos e a proibição do uso de adornos pelos trabalhadores de saúde, inclusive anéis. Objetivo: Sumarizar as evidências científicas sobre as características microbiológicas das mãos e anéis de trabalhadores de saúde e o risco de infecção cruzada. Material e Método: Revisão integrativa da literatura estruturada nas etapas: questão norteadora, busca, categorização dos estudos, avaliação, interpretação dos resultados e síntese do conhecimento. Foram selecionados artigos originais e revisões, publicados em inglês, português, espanhol e francês, em revistas indexadas nas principais bases de dados internacionais da área da Saúde, por meio dos descritores aplicados de acordo com as particularidades de cada base de dados e obtidos por consulta nos Descritores de Ciências em Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH). Resultados: Sete estudos foram analisados e evidenciaram que os principais microrganismos encontrados nas mãos e anéis de profissionais de saúde foram S. aureus, Enterococcus spp, S. epidermides, Klebsiella spp e E. colli. Conclusão: A contaminação das mãos com e sem anel ocorreu de modo semelhante, não podendo dizer com exatidão se o uso de anéis foi o responsável pelo aumento na quantidade de microrganismos encontrados e se essa prática interfere na infecção cruzada.Palavras-chave: Pessoal de saúde; Bactéria; Infecção hospitalar.
ABSTRACTCross-infections in health care are recognized as being the most frequent adverse event during the hospitalization process of patients. Therefore, the adoption of preventive measures is legally recommended by the Brazilian