Em 1946, ao avaliar a ação dos periódicos modernistas, Antonio Candido destacou que sem as “talentosas erupções das revistas de moços”, responsáveis por “derrubar os fósseis e educar o gosto dos leitores”, seria impossível afirmar que determinado momento de nossa história apresentou “vitalidade literária”. Ao lado de José Aderaldo Castello, acrescentou posteriormente que não haveria como fazer a crônica do Modernismo sem atentar para a importância dessas publicações. Tendo como base a Revista Klaxon: Mensário de Arte Moderna (1922-1923), primeiro período modernista lançado no Brasil, logo após a realização da Semana de Arte Moderna, este artigo pretende coligir, selecionar e discutir os textos de crítica e de criação literária de Mário de Andrade a fim de analisar as constâncias e transformações na construção do projeto modernista, partindo do espaço de “sociabilidade intelectual” desta revista considerada pelos modernistas como “filho primogênito da Semana”.
PALAVRAS-CHAVE: Mário de Andrade. Revista Klaxon. Crítica. Poesia. Literatura e Sociedade.