A pessoa com estomia intestinal e o retorno às atividades laborativas: um estudo reflexivo na ótica da saúde do trabalhador

Abstract

A pessoa com estomia percorre diversas transformações, desde que descobre a necessidade da confecção do estoma. Com isso, diversos sentimentos são vivenciados, levando-a ao isolamento social, comprometimento financeiro negativo e ao sofrimento psicológico. A rotina trabalhista pode ser vista como a possibilidade de ter sua independência retomada, se sentindo útil e inserido na sociedade, além da possibilidade de trazer o sustento financeiro, necessário para sua sobrevivência e de sua família. Este estudo tem como objetivo compreender, através da literatura, as dificuldades da pessoa com estomia ao retornar ao mercado de trabalho; caracterizar os sentimentos despertados durante o processo de reabilitação e apresentar as estratégias de enfrentamento do estomizado e a contribuição da enfermagem nesse processo. Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo do tipo análise reflexiva, elaborado a partir revisão da literatura, utilizadas a base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), na seguinte base de informação: Literatura Internacional em Ciência da Saúde (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). Conclui-se que as mudanças biopsicossociais causadas pela presença do estoma podem dificultar a inclusão no trabalho do estomizado, mas o retorno ao ambiente laboral não depende exclusivamente de si, mas sim, de uma rede de apoio social, promovendo ao indivíduo condições favoráveis para seu retorno ao mercado de trabalho.

Fatores socioeconômicos e culturais da pessoa com estomia intestinal

“…Thus, this person can be led to social isolation, negative financial commitment and psychological suffering, which makes them believe that they are unable to return to the activities carried out prior to surgery. This fact often causes people to neglect themselves, and the role of the Nurse in this adaptation process is fundamental and crucially important (Santos et al, 2022).…”

“…There are around 32,600 new cases annually, affecting 15,070 men and 17,530 women. Resulting in mutilating and traumatizing surgery, which causes profound changes in the way of life of those affected (Santos et al, 2022).…”

“…It is estimated that in Brazil there are around 50 thousand ostomized people, 80% of which are colostomized, 10% ileostomized and 10% urostomized, of which the majority are young people, undergoing surgery, after having been victims of trauma caused by a bladed weapon, a weapon fire or accidents, representing a population of patients who need systematic and humanized care with a biopsychosocial dimension, aimed at reducing the impacts caused in the lives of ostomized individuals (Mareco et al, 2019;Santos et al, 2022).…”