A Percepção De Alunos De Cursos De Graduação Em Ciências Contábeis Sobre A Carga Tributária No Brasil

Abstract

<p>O objetivo geral desta pesquisa foi comparar a percepção dos alunos ingressantes e concluintes do curso de Ciências Contábeis, em relação à carga tributária no Brasil. Para tanto, foi utilizado um questionário tipo <em>survey</em>, aplicado aos alunos dos três períodos iniciais e finais dos cursos de graduação em Ciências Contábeis localizados em dois <em>campi </em>de uma universidade pública no interior de Minas Gerais. Para o tratamento dos dados, foram utilizados os testes de normalidade de <em>Kolmogorov-Smirnov (K-S)</em>, de <em>Shapiro-Wilk (S-W</em>), e <em>Mann-Whitney</em>. Os resultados indicaram que os alunos iniciantes quanto os concluintes tiveram uma percepção similar sobre o sistema tributário brasileiro, e que apesar de ser pequena a diferença entre iniciantes e concluintes, os concluintes mostraram conhecimento maior sobre o assunto abordado, fato que contraria os achados do estudo anterior de Curcino, Ávila e Malaquias (2013), onde a condição de concluinte não conferiu aos discentes maiores conhecimentos do que aos iniciantes.</p><p> </p>

Sistema Tributário Brasileiro: comparativo do conhecimento entre Discentes Ingressantes e Concluintes

“…Nesta mesma linha de sondagem, Silva et al (2016) tiveram a intensão de comparar a percepção de alunos ingressantes e concluintes de Ciências Contábeis sobre a carga tributária brasileira e constatam que estudantes que não trabalham na área possuem déficits sobre o assunto, por falta de contato com ele. Barbosa et al (2018) investigaram a percepção de alunos de cursos de graduação em Ciências Contábeis sobre a carga tributária no Brasil, os discentes consideram a carga tributária no Brasil abusiva e que a sonegação de tributos prejudica o crescimento, além de interferir na distribuição de renda. Silva e Morais (2015), investigaram a importância da disciplina de contabilidade tributária para estudantes do curso de Ciências Contábeis de Tangará da Serra (MT), os autores constaram que apesar do conhecimento dos discentes proporcionado pelo curso não há garantia de vagas no mercado de trabalho.…”

“…Ressalta-se, que como ferramenta de coleta foi utilizado um questionário estruturado, conforme os estudos precedentes de Barbosa et al (2018), Curcino et al (2013), Silva e Morais (2015) e Silva et al (2016), para obter as informações necessárias. O questionário aplicado foi dividido em três níveis de sondagem: identificação da amostra, conhecimento teórico e opinião sobre o assunto, conhecimento do STB entre os ingressantes e concluintes do curso de Ciências Contábeis.…”

“…No trabalho de Barbosa et al (2018), onde também é verificado e comparado os níveis de conhecimento tributário dos discentes iniciantes e concluintes, é visto que há pouca diferença entre os níveis de conhecimento destes dois grupos, assim como mostra este estudo. E na pesquisa de Curcino et al (2013), conclui-se que há, ao menos na comparação de resultado, um padrão de que o curso de Ciências Contábeis pouco interfere no conhecimento tributário dos discentes.…”

“…Considera-se como maior contribuição deste estudo, o fato de que reuniu-se no mesmo item do questionário de pesquisa, afirmativas falsas em relação ao tema Sistema Tributário Brasileiro, algo que não foi encontrado nas pesquisas de Cardoso, Souza e Almeida ( 2006 Barbosa et al (2018), Silva e Morais (2015) e Souza e Vergilino (2012) e assim, foi possível identificar mais dúvidas em relação à temática, ou seja, desta forma identificou-se que tanto os concluintes como os ingressantes carecem de maior conhecimento sobre o STB no contexto da graduação.…”

“…Portanto, o principal argumento que se pretende sustentar na justificativa da referida pesquisa é a relevância do conhecimento do STB ao profissional da área contábil, tanto na atuação da área quanto na orientação dos seus clientes (Barbosa et al, 2018;Curcino et al, 2013), no sentido de contribuir para disseminação de um conhecimento tributário, aplicação da legislação de forma adequada e na formação da sociedade fiscalizadora.…”