Ao iniciar os agradecimentos não deixo de rememorar minha própria trajetória nos quatro anos de doutorado. Logo no primeiro ano meu pai faleceu, um amigo que formou meus gostos e com quem trocava ideias. A Capoeira e os mestres preencheram esta lacuna da paternidade recém-ausente. Na multiplicidade da Capoeira encontrei forças para lidar com a neurodiversidade da minha filha Aurora. Embora a Capoeira não se realize em meu corpo, seus ensinamentos me impregnaram ao longo destes anos, precisei gingar para realizar um doutorado sem bolsa e com a vida de pernas pro-ar, mas foi tal condição que me fez deslumbrar a Capoeira como campo de pesquisa. Meu primeiro agradecimento é à Capoeira e a seus/meus mestres, que me acolheram e permitiram circular e adentrar seus espaços. Aos membros do Comitê Gestor da Salvaguarda da Capoeira no Paraná. E aos demais capoeiristas que se tornaram amigos e interlocutores. A minha mãe, tinhosa como a Capoeira, que me acolheu novamente, cuidou de mim e de minhas crianças. Sem ela não chegaria até aqui. Se tenho um privilégio é tê-la. A meus pequenos, Benedito e Aurora, que em sua sabedoria infantil compreenderam minhas ausências e foram minha força para continuar, quando os acontecimentos me impeliam a desistir. A meu orientador, Vagner Gonçalves da Silva, doce e compreensivo com minhas trajetórias e limitações. A minha irmã, Hévellin, que me deu Isadora de presente, a qual nos momentos finais de escrita tornou os dias mais leves. A meu cunhado e apoio técnico Affonso. A minha mãe avó Terezinha e aos demais familiares. Ao Iphan e aos amigos feitos na Superintendência do Iphan/Paraná, especialmente a Juliano Martins Doberstein, com quem apreendi muito de patrimônio e de mediações. As minhas amigas antigas e novas, conquistadas na USP e na Capoeira, que me fortaleceram. Em especial, a Adriana Testa e seu filho Pedro, que me receberam em sua casa. E, a Ariane Rivabem pelo apoio na reta final. Às Professoras Letícia Vidor e Liliana Porto, que carinhosamente me apontaram novos caminhos na qualificação. Ao Professor João Rickli (UFPR) pelas contribuições.