INTRODUÇÃOA adição de óxido de magnésio (MgO ou magnésia) em formulações de concretos refratários é geralmente limitada a um teor máximo de 10%peso de partículas grosseiras (D Partícula > 50 µm) devido à expansão volumétrica que acompanha a reação de hidratação desse óxido [1,2]. Essa expansão está relacionada à diferença de densidade entre o óxido (ρ MgO = 3,5 g/cm 3 ) e o hidróxido (ρ Mg(OH)2 = 2,4 g/ cm 3 ) de magnésio e, com freqüência, causa a ruptura do material [2][3][4]. Como concretos refratários contendo MgO possuem grande importância tecnológica, diversos trabalhos na literatura descreveram técnicas anti-hidratação (TAH), como possíveis soluções para esse problema [4][5][6][7][8][9].As TAH foram desenvolvidas para evitar os danos causados pela hidratação do MgO por meio da interrupção dessa reação. Trabalhos recentes mostraram que, se a velocidade de hidratação do MgO for reduzida durante as etapas de mistura, cura e secagem, as propriedades mecânicas dos concretos podem ser significativamente melhoradas [3]. A adição de microssílica é uma das TAH's mais exploradas em concretos devido ao seu baixo custo e efetividade. Diversos trabalhos registraram a combinação de MgO-SiO 2 e Al 2 O 3 -MgO-SiO 2 em concretos refratários [6,8,[10][11][12]. Os efeitos mais bem documentados da adição de microssílica são o aumento da fluidez do concreto [13] e a atenuação das tensões de compressão geradas durante a formação de espinélio (Al 2 MgO 4 ) [12]. No primeiro caso, devido à sua forma esférica, as partículas de microssílica produzem um efeito lubrificante, reduzindo fricção entre os componentes do concreto e aumentando sua fluidez [13,14].