A nova agenda de desenvolvimento pela ótica dos conflitos sociais: o caso de Belo monte

Abstract

Este artigo trata da emergência de uma nova agenda de desenvolvimento no Brasil, pela ótica dos conflitos sociais. Mais especificamente, versa sobre o processo de construção do Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte - AHE Belo Monte, empreendimento situado no Rio Xingu, sudoeste do Pará. Parte do pressuposto de que o ângulo dos conflitos sociais, tomados em perspectiva histórica, pode trazer importante contribuição à análise do novo momento do desenvolvimento do País e da Amazônia. Pergunta-se se as lutas e resistências ao projeto AHE Belo Monte têm contribuído para redimensioná-lo, indo além de um ponto no qual, enquanto crítica social, venham a ser assimilados pela dinâmica de acumulação tão somente como justificação. Baseia-se em pesquisa qualitativa, tendo priorizado entrevistas semiestruturadas, observação direta e análise de documentos.

Social mobilization against large hydroelectric dams: A comparison of Ethiopia, Brazil, and Panama

“…The governments of the progressive Workers' Party under presidents Lula da Silva and Dilma Rousseff pushed the project forward in spite of local and transnational activism, whereas the movement against the dam was weakened due to friction (Klein, , p. 1145). As a consequence, a justicialization of the opposition took place (Moraes Corrêa & Verás de Oliveira, , p. 31). A series of court rulings temporarily halted the project several times but were routinely reversed by higher courts (Fearnside, , p. 18).…”

“…One of the dominant frames recurred to in defense of the dam project is the claim that it provides clean energy and thereby contributes to the global goal of fighting climate change (Moraes Corrêa & Verás de Oliveira, , p. 34). Belo Monte, as a model for clean energy generation, was the key message of the government's advertising campaign during the Rio + 20 summit in 2012, when it presented itself as a leader in the fight against climate change (Bratman, , p. 72).…”