IntroduçãoGêmeos e anomalias congênitas são alvo de pesquisa há séculos. Em particular, o estudo de gêmeos tem sido utilizado para elucidar a contribuição de fatores genéticos à variação fenotípica normal, ao comportamento e a muitas doenças. Além disso, a incidência de malformações congênitas é consideravelmente aumentada em gestações múltiplas comparada a gestações únicas [1][2][3][4] . A ocorrência de malformações maiores em crianças gêmeas é de 2%, o dobro em relação a crianças provenientes de gestações únicas 5 . O diagnóstico de anomalias fetais em gestações múltiplas pode ser realizado durante o pré-natal por meio do exame ultra-sonográfi-co. Neste exame é possível detectar anomalias de um ou ambos os fetos ou, inversamente, excluir alterações específicas cujo risco é conhecidamente aumentado em gêmeos.Há condições especialmente únicas em gêmeos que contribuem para o aumento da morbidade e mortalidade perinatal. Estas condições incluem: gêmeos monoamnióticos, anomalias congênitas exclusivas de gêmeos, óbito fetal intra-útero e síndrome da transfusão feto-fetal. A determinação pré-natal da corionicidade pela ultra-sonografia, no primeiro trimestre da gesta-