Um dos principais causadores da corrosão do aço imerso no concreto é o fenômeno conhecido como carbonatação, no qual o CO 2 disponível na atmosfera reage com o hidróxido de cálcio presente na matriz cimentícia, transformando-o em carbonato de cálcio e água, acidificando o pH da estrutura e facilitando a corrosão das armaduras. Um dos meios de evitar tal ocorrência consiste em determinar corretamente a espessura do cobrimento do concreto da estrutura. Para tal, pode-se recorrer a estudos de previsão da carbonatação ao longo do tempo, empregando-se para tal modelos matemáticos de degradação. Tendo em vista que existem vários modelos na literatura que podem ser empregados para tal, este estudo compara a estimativa da profundidade de carbonatação do concreto ao longo do tempo por dois dos mais atuais modelos da literatura. A avaliação dos modelos foi conduzida a partir de um banco de dados da literatura, através da simulação em planilhas do Excel, avaliando-se o erro médio entre o valor estimado e o valor obtido. Os resultados indicam que os modelos analisados apresentam resultados similares, em grande parte dos dados, para a estimava da profundidade de carbonatação do concreto para cimentos isentos de adições. Espera-se que o presente trabalho sirva de contribuição sobre a importância da utilização desses modelos em estruturas de concreto, visto que, dentro de suas limitações, demonstram eficiência em prever a durabilidade e vida útil de concretos nos ambientes em que estão situados, de modo a evitar manifestações patológicas, auxiliando na tomada de decisão.