“…Assim, projeções diferenciadas nos manuais didáticos permitem outras visões do espaço geográfico, rompendo a hegemonia da Projeção de Mercator, que expressa uma representação eurocêntrica de mundo da época do Renascimento (1569), utilizada dominantemente ao longo dos séculos. A Coleção ganhará qualidade sociopedagógica pelo uso de outras projeções para superar uma representação de dominação dos países do Norte sobre os do Sul, no contexto da dinâmica histórica das mudanças de centralidade e de relações geopolíticas no mundo, que vem ocorrendo pelo processo de globalização (FONSECA, 2012). Portanto, o predomínio da Projeção de Mercator, no livro didático, dificulta aos alunos a compreensão da organização política do espaço mundial; tal compreensão é fundante na formação crítico-cidadã, na linha de uma geopolítica vinculada aos valores humanitários de respeito, responsabilidade, solidariedade, entre outros, para a efetividade da cidadania planetária.…”