A música e o espelho sonoro na clínica do autismo

Abstract

A Deus, pelas inúmeras bênçãos concedidas, não apenas nesta trilha, mas em toda minha vida.Aos meus pais, Paulo e Carmélia, pelo apoio incondicional e por todo ensinamento.Ao amado Eduardo, pelas motivações iniciais e incentivos finais neste percurso; pelo companheirismo paciente e pelo refúgio carinhoso e firme.À minha irmã e amiga Ana Paula, companheira de profissão, de música e de vida, pelas conversas de amparo e pelas trocas de experiências.Aos meus queridos sobrinhos Gustavo, Lorenzo e Gabriela, que com suas condições infantis muito me ensinaram, sendo pequenos, mas fortes e cheios de vida.Ao professor João Luiz pela orientação rica, cuidadosa e acolhedora.Às professoras Anamaria e Joyce pelas importantes contribuições no exame de qualificação.À colega Bárbara Chiavegatti pela disposição e dedicação nesta parceria de trabalho. Aos amigos de mestrado: Bruna, Fernanda, Gizelle, Klenya, Letícia Vargas, Natália, Pedro e Sybele, pelo apoio nos momentos críticos, pelas trocas de angústias e conquistas.Às crianças e suas mães, essenciais à esta pesquisa, pelo aceite e confiança em compartilhar suas experiências e emoções. Cada VozTire sua fala da garganta E deixa ela passar por sua goela E transbordar da boca Deixa solto no ar Toda essa voz que tá ai dentro deixa ela falar Você pode dar um berro quem sabe não pinta um eco pra te acompanhar Cada voz tem um tom Cada vez tem um som A orquestra já tocou E o maestro até se despediu Todos querem ver você cantar (Ruiz, 2012) RESUMOO presente trabalho iniciou-se pela motivação em compreender a condição sonora e psíquica da voz na constituição do sujeito, bem como a falha patológica desta estruturação no autismo. Partiu-se do entendimento de que o sujeito é efeito do encontro entre o sem sentido do real e o sentido do simbólico/imaginário. A figura materna, pelo espelho sonoro, acolhe o que se passa no corpo da criança e atribui correspondentes significantes da linguagem. Essa mediação é carregada de ingredientes musicais. A mãe busca facilitar e promover a invocação pelo manhês. Abordou-se, ainda, a falha no circuito da invocação nas crianças autistas, impossibilitando a constituição da função psíquica da voz. Pensar o contexto sonoro-musical como fenômeno operador, essencial à subjetivação, fez possível considerar o potencial mediador da música incluída em tratamento. Esta pesquisa de campo envolveu duas crianças, com impasses constitucionais, e suas respectivas mães em atendimento clínico, cujo setting terapêutico disponibilizou-se de recursos sonoro-musicais. Pretendeu-se uma aproximação do modo como a voz, enquanto objeto perdido, e a palavra se associam. Ainda, a possibilidade de provocar uma modificação do lugar do sujeito no circuito da invocação tornou-se questão a partir da intervenção musical. Pode-se entender que o posicionamento do sujeito se declara na sua musicalidade: o que nela se sobressai diz sobre o seu modo de funcionamento e sobre o seu trabalho de aplacamento do sofrimento e do trauma da inserção no campo da linguagem. A música resgata nostalgicament...

Análise Da Compreensão Sobre O Transtorno Do Espectro Autista De Profissionais De Centros De Educação Infantil Do Município De Criciuma/Sc

“…Ao responderem sobre a questão de que com a intervenção adequada, a maioria das crianças com TEA acabará "superando" o transtorno, 57,9% (11) responderam que não, outros 26,3% (5) responderam que sim e 15,8% (3) responderam que não sabem. O autismo não tem cura, porém é possível reduzir os sintomas e com o tratamento e estímulos corretos, pode-se até diminuir o nível do TEA apresentado no momento do diagnóstico 7,8 .…”

Iron Hand: O Uso Da Lapela Na Otimização Do Fortalecimento Da Musculatura Dos Dedos Da Mão Para a Prática Do Jiu-Jitsu

“…No entanto, a poda em escala menos intensa continua acontecendo, como em todas as pessoas, por toda a vida. A autora propôs a existência de uma "tríade de transtornos da interação social" (Goldberg, 2005, p.3) Et all; Lara (2012), Ferreira (2018), Goldberg (2005) O desafio que confronta a escola inclusiva diz respeito ao desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança que é capaz de educar com sucesso, incluindo aquelas que possuam desvantagens severas (DAZZANI, 2010, p.365). Cunha (2013), diz que o mundo do indivíduo com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), tem por natureza uma dificuldade na área de comunicação e na linguagem, desvinculando a necessidade de se expressar socialmente por meio da fala, mas podendo procurar outros meios de expressão para que haja um contato e envolvimento afetivo.…”