“…Afastando qualquer determinismo ambiental, a história da estruturação urbana de Belém e de sua região demonstra como a presença dos cursos d´água na paisagem e no ambiente regional condicionou formas de aproveitamento econômico e soluções de territorialização (PONTE, 2015). Na região norte e nos ecossistemas costeiros, criam-se uma espécie de identidade coletiva que tem influência da maritimidade, onde mora-se e trabalha conhecida por maretórios (LIMA, 2019). Na metade do século XVIII e até o final do século XIX, Belém conforma-se em uma cidade comercial, um entreposto, sobretudo portuária, de equivalentes de especiarias asiáticas e africanas, e produtos regionais tidos como exóticos pelos europeus, grãos, ervas aromáticas e comestíveis, óleos, castanhas, têxteis e fibras, alimentos, madeiras, couros, pescado, frutas, artefatos em geral.…”