A invenção da cultura

Abstract

daniel pícaro carlos A questão da melhoria global faz pensar nas atribulações de um poeta chinês. Ele viveu naquele tempo grandioso e modorrento em que Confúcio e Tao tomavam conta das discórdias espirituais da China e os mandarins tomavam conta de tudo o mais. Quando via uma grande nuvem de poeira levantar-se no horizonte, ele ansiosamente imaginava que era a 'poeira de mil carruagens'. Nunca era. Vivemos em tempos interessantes.

Doing Human Service Ethnography

“…When we, as researchers, opened ourselves up in order to understand the precepts of the studied logics, our initial concepts about care and the use of medications were shifted to some extent, largely due to the intensity of the practice of complex ethnography. By attentively studying practices and relations in two groups, a transformation of our initial hypotheses occurred (Wagner, 2010). We put forward, as Peirano (2004) has argued happens, our own concepts, expectations and choices, at the risk of reshaping them.…”

“Alegria, alegria é o estado que chamamos Bahia”

“…(LEITE, 2009, p. 1) Assim, as características atribuídas a um modo de ser baiano, que integram o que chamamos de baianidade, estão ligadas a um complexo arsenal simbólico que se pauta na diferenciação dos povos a partir de uma ideia do que está ou não ligado à representação cultural. Alguns pesquisadores, como Mariano (2009), concordam com a ideia de que a baianidade foi sistematizada a partir da difusão de características do povo baiano em obras literárias, filmes, programas de televisão, dentre outros. A baianidade, portanto, seria uma invenção ligada à ideia de que as características do povo baiano como a alegria, a malemolência, a sensualidade, a religiosidade, a festividade, são únicas e os diferenciam de outros povos, sendo o "baiano de verdade" aquele que compartilha de tais características, desconsiderando, desse modo, a heterogeneidade constitutiva dos sujeitos e as diversas posições que ocupam.…”

“…A representação da Bahia que circula na mídia parte da ideia da existência de características, hábitos, práticas e contextos considerados "tipicamente baianos" (MARIANO, 2009). Observando dois anúncios publicitários da prefeitura de Salvador sobre o carnaval na cidade, questionamos como a memória discursiva que regula os sentidos de baianidade atravessa os corpos representados nos referidos anúncios e, mais ainda, voltamos nossos olhares para o modo como esses corpos estão atravessados e instituídos pelo simbólico, como significam dentro das condições de produção do carnaval, como são discursivizados e como são constituídos na ideologia.…”

Repensando a Relação Consumo, Corpo E Aparência

“…Segundo Roy Wagner (2012),o antropólogo(a)ao escrever sobre os nativos, inventa uma nova coisa que não é nem sua cultura nem a do nativo, possui elementos das duas, mas não corresponde a uma simples somatória ou mescla na medida em que o que se produz elicia uma perspectiva completamente nova.…”