A influência do ativo imobilizado no comportamento assimétrico dos custos

Abstract

Esse estudo tem como objetivo investigar a influência do ativo imobilizado no comportamento assimétrico dos custos. Quanto a metodologia, esta pesquisa classificada como um levantamento descrito quantitativo. Na base de dados Economática foram coletadas informações sobre a receita líquida de vendas, custo do produto vendido, despesas administrativas, despesas com vendas e ativo imobilizado de 103 empresas brasileiras distribuídas entre os setores de consumo cíclico, materiais básicos e utilidades públicas entre os anos de 2005 a 2014. Os resultados da assimetria revelam a presença do sticky cost nos três setores. Assim, acredita-se que as empresas que demonstram menor comportamento assimétrico dos custos terão melhores ganhos, podendo concluir que investimentos em ativo imobilizado podem gerar maiores assimetrias nos custos, devido aos seus elementos fixos, o que, a longo prazo, poderá reduzir os ganhos da empresa, devido à maior dificuldade da empresas em se desfazer desses ativos fixos.

Custos assimétricos e regulação em operadoras de planos de saúde

“…The model with accounting variables estimated for medical cooperatives identified the contribution of the organization's earnings available and fixed assets to sticky costs. This result confirms that obtained in Grejo et al (2019) and Richartz and Borgert (2016) and, partially, the health sector findings by Avelar et al (2019a) and Holzhacker et al (2014). There was anti-sticky cost behavior when the cost proxy was the total cost, contrary to what was observed in Avelar et al (2019a).…”

“…Several of the studies mentioned above have demonstrated asymmetric behavior in different cost proxies (not only in SG&A expenses), highlighting other explanatory variables of this phenomenon (Reis & Borgert, 2019;Grejo et al, 2019;Stimolo & Porporato, 2019;Hartlieb et al, 2020). However, variables linked to regulation are still little explored in the literature concerning sticky costs.…”

“…Discussions about sticky costs emerged in response to criticism of traditional cost behavior (Malik, 2012). Grejo et al (2019) clarify that, although the literature has already identified the emergence of sticky costs, the methodology proposed by Anderson et al (2003) was the first offering evidence of asymmetric behavior of costs. The authors proposed a model in which the SG&A expenses were used as a proxy for costs (dependent variable), while the level of revenue as a proxy for the level of activity (independent variable).…”

“…However, the authors focused only on selling, general, and administrative (SG&A) expenses as cost proxies. Subsequent studies have observed sticky costs based on other proxies (Pamplona, Fiirst, Silva, & Zonatto, 2016;Grejo, Abbas, Camacho, & Junqueira, 2019). Also, Anderson, Banker, and Janakiraman (2003) limited their research to industrial companies, whereas subsequent literature expanded cost behavior analyses, examining other sectors (Subramaniam & Weidenmier, 2003;Holzhacker, Krishnan, & Mahlendorf, 2015).…”

O grau de rigidez dos custos dos produtos e o pagamento de dividendos no mercado de capital brasileiro

“…Nesse ínterim, diversas pesquisas, concentrando-se no cenário brasileiro, buscaram compreender quais fatores provocam o fenômeno da assimetria, a partir de características operacionais das entidades, tendo a intensidade dos ativos sido evidenciada como o principal direcionador do custo rígido, ou custos de ajuste (Bugeja et al, 2015;Matiolli Grejo, Abbas, Camacho & Junqueira, 2019;Reis & Borgert, 2019;Richartz, Borgert & Lunkes, 2014). Isso acontece pela dificuldade das empresas em se desfazerem desses ativos sempre que há baixas na demanda.…”