O crescimento populacional e, consequentemente, a forma desordenada de crescimento dos municípios, o aumento da demanda por recursos naturais, a disposição e destinação inadequada dos resíduos são fatores que contribuem, significativamente, para a degradação ambiental. Nesse contexto, um meio sofre mudanças de acordo com o seu grau de suscetibilidade, tal característica é considerada como a sensibilidade que ele possui em resistir a um determinado estresse, sendo denominado assim de vulnerabilidade. Em análise de vulnerabilidade, fatores naturais (elevação, vegetação, tipo de solo, etc.) e antrópicos (uso do solo, densidade populacional, etc.) são considerados. Com o objetivo de avaliar quais são os principais métodos e os fatores mais utilizados em trabalhos científicos que tratam sobre vulnerabilidade ambiental, fez-se um levantamento bibliográfico utilizando-se da cientometria e abordagem bibliométrica. A base para pesquisa foi a SciVerse Scopus e as palavras de busca foram "Environmental Vulnerability" AND GIS* OR "Remote Sensing”. A partir disso, obteve-se 154 publicações entre 1999 e 2021, apontando como metodologia mais utilizada a junção do Sensoriamento Remoto (SR) com Sistemas de Informação Geográfica (SIG) aliados a métodos matemáticos de análise estatísticas a fim de reduzir a dimensão dos dados e gerar resultados mais confiáveis. O estudo mostrou também que, independentemente do método utilizado, análises de vulnerabilidade ambiental têm princípios básicos semelhantes, mesmo existindo variação do tipo e quantidade de fatores de acordo com a região estudada, não existindo, assim, uma regra geral para selecionar a quantidade de variáveis necessárias para tal análise.