Gabriel de Oliveira Rodríguez, por todo auxílio, paciência, respeito e confiança em todos os momentos desta orientação. Os conselhos e a segurança em confiar no projeto foram a base para o sucesso desta empreitada. À Erika Zsoldos, companheira de todas as horas, que aguentou ouvir meus lamentos sobre a dissertação e a vida, em todos esses anos. Seu apoio é meu portoseguro para continuar lutando por um mundo mais justo.A meus pais e minha irmã, pela paciência, compaixão, exemplo e apoio em todos os momentos de alegria, de tristeza e de realização desta etapa. O respaldo dado ao longo desses dois anos foi o empurrão necessário para o ingresso na vida acadêmica. Aos colegas do PROLAM/USP, Juliana Salles, Patrícia Paixão e Mariela Pizzaro, amigas que colaboraram para que esta etapa fosse ainda mais divertida. Colegas que nos fazem acreditar sempre que há saídas para nossa profissão. Ao Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina da Universidade de São Paulo (PROLAM/USP), pela oportunidade de cursar o Mestrado e vivenciar o ambiente universitário novamente. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), pelo apoio financeiro fornecido para a concretização desta pesquisa. RESUMO Desde os anos 1970, o narcotráfico tem figurado papel de destaque nos principais veículos de comunicação da América Latina, com uma cobertura caracterizada pela superficialidade e, em alguns casos, flertando com o sensacionalismo. Porém, alguns repórteres foram bem-sucedidos ao aproximar o narcotráfico e a reportagem, principalmente, a partir da produção de livros-reportagem. O tema influenciou a literatura do continente (originando termos como narcoliteratura, narconarrativa e narcocultura), bem como o contexto do tráfico de drogas proporcionou a produção editorial de obras de não ficção, a partir dos anos 80, atingindo o ápice nos anos 90 e 2000. Desta forma, esta dissertação, apoiado no referencial teórico da análise crítica da narrativa, proposta por Luiz Gonzaga Motta (2013), buscou analisar a contribuição do livro-reportagem em relação à produção cultural da narcoliteratura, a partir do estudo de duas obras: Abusado: o dono do morro Dona Marta (Record, 2011), de Caco Barcellos e El Cártel de Sinaloa (Randon House, 2009), de Diego Enrique Osorno. De forma geral, debruçando-se sobre características como enredo, personagens, tempo, espaço e narrador, encontrou-se aproximações narrativas entre o que ficou considerado como narconarrativas (MEJÍAS; SANTOS; URGELLES, 2016) e a produção jornalística do livro-reportagem.
PALAVRAS-CHAVE:Livro-reportagem. Narcoliteratura. Narcotráfico.
ABSTRACTSince the 70's, the cover of drug trafficking showed superficiality in narratives and, the process almost industrial, does not allow a deep analysis. Despite this fact, some journalists was succeded uniting the drug trafficking and the reportage, mainly, with the production of non-fiction books. This theme had influenced the literature of continent (creating terms like narcoliteratura, narconarrativa and narcocultura), as ...