A Indústria Alimentícia e a Manipulação das Massas Através da Propaganda

Abstract

A indústria alimentícia surgiu no século XVII, após a Revolução Industrial, e ganhou força com a globalização e a ascensão do capitalismo na década de 90. Isso se deu por conta do novo formato da sociedade, que passou de prioritariamente agrária e pastoril, com um estilo de vida que seguia os padrões da natureza, para quase completamente urbana, com a noção de tempo modificada e muito mais acelerada. A crescente cobrança por produtividade, a princípios nos trabalhos fabris, e agora nas grandes empresas, fez com que adaptações na vida das pessoas fossem feitas, e dessa forma os hábitos alimentares também se alteraram, tornando-se mais prática e, consequentemente, menos consciente. Alienação, falta de tempo livre e estresse formam o cenário perfeito para que a indústria alimentícia venda seus produtos, mesmo trazendo malefícios à saúde dos consumidores. A propaganda tornou-se a principal propulsora dos produtos industrializados, vendendo uma imagem distorcida e que manipula a escolha dos compradores. Estratégias de neuromarketing, escalas cromáticas, slogans, músicas e embalagens com imagens de personagens e artistas famosos desviam a atenção dos ingredientes controversos, fazendo com que a pessoa não saiba o que está consumindo. A utilização de substâncias com alto poder viciante, como o açúcar, gorduras, sódio e aditivos químicos criam dependência no organismo, levando o consumidor a sempre buscar aquele alimento, em quantidades cada vez maiores e com mais frequência. Tudo isso faz com que a indústria alimentícia crie seu próprio mercado consumidor, num ciclo que só é possível de escapar com conscientização, educação alimentar e, principalmente, senso crítico, para que a população possa escolher o que comer de forma livre e consciente, sabendo dos impactos de suas decisões.