Abstract:Este trabalho tem por objetivo compreender as percepções docentes sobre a inclusão de alunos cegos na Educação Superior. A questão principal de investigação é: de que maneira a inclusão do aluno cego na Educação Superior é percebida por professores de um curso de licenciatura? Essa questão é relevante, pois a inclusão é a busca de assegurar o direito de todos à educação e os professores são mediadores importantes para a consolidação de uma educação inclusiva, que, por sua vez, precisam estar preparados e receb… Show more
“…Tureck e Macagnan (2021) enfatizam em seu trabalho que somente a oferta do apoio especializado apenas nas salas de recursos multifuncionais não oferece reais condições para uma educação inclusiva, as autoras consideram a necessidade de adaptar processos para o desenvolvimento da aprendizagem do aluno na sala de aula do ensino comum, o que perpassa pelo acesso a recursos pedagógicos e tecnológicos, formação continuada dos professores e um projeto político pedagógico que oportunize o desenvolvimento humano integral. Baptistone et al (2017) destacam que quando avaliada a inclusão do aluno cego é evidente que os docentes se sentem despreparados para atender tal público e apontam serem necessárias várias mudanças na atividade docente que incluem aulas, materiais didáticos e mudanças na infraestrutura, bem como, a importância de capacitação para complementar sua formação, pois assim, poderiam se sentir melhor preparados para ministrar aulas aos alunos cegos.…”
Section: Experiências Dos Alunos Com Deficiência Visual Nas Aulas De ...unclassified
O ensino de Química apresenta seus conceitos baseados na visualização de representações e modelos para a compreensão de seus conteúdos, assim, a adaptação de materiais didáticos e o uso de diferentes estratégias de ensino são condições fundamentais para oportunizar a construção de conhecimentos pelos estudantes com deficiência visual. Entretanto, no ensino básico, há limitações na utilização de materiais didáticos adaptados. Neste sentido, buscou-se avaliar uma proposta didática que utiliza estruturas químicas 3D combinadas a audiodescrição, para aprendizagem dos conteúdos de Química Orgânica voltados a alunos com deficiência visual. A pesquisa está fundamentada na abordagem qualitativa, por meio da pesquisa-ação e como instrumentos de coleta de dados utilizou-se a observação sistemática, entrevista semiestruturada e a aplicação de uma sequência didática. A análise de dados se deu através da análise de conteúdo à luz da teoria de Laurence Bardin. Os resultados demonstraram o potencial da proposta didática em contribuir para o processo de ensino e aprendizagem relacionados à Química Orgânica favorecido através das trocas e interações com os materiais adaptados, possibilitando que os alunos com deficiência visual consigam compreender os conceitos envolvidos nas representações químicas.
“…Tureck e Macagnan (2021) enfatizam em seu trabalho que somente a oferta do apoio especializado apenas nas salas de recursos multifuncionais não oferece reais condições para uma educação inclusiva, as autoras consideram a necessidade de adaptar processos para o desenvolvimento da aprendizagem do aluno na sala de aula do ensino comum, o que perpassa pelo acesso a recursos pedagógicos e tecnológicos, formação continuada dos professores e um projeto político pedagógico que oportunize o desenvolvimento humano integral. Baptistone et al (2017) destacam que quando avaliada a inclusão do aluno cego é evidente que os docentes se sentem despreparados para atender tal público e apontam serem necessárias várias mudanças na atividade docente que incluem aulas, materiais didáticos e mudanças na infraestrutura, bem como, a importância de capacitação para complementar sua formação, pois assim, poderiam se sentir melhor preparados para ministrar aulas aos alunos cegos.…”
Section: Experiências Dos Alunos Com Deficiência Visual Nas Aulas De ...unclassified
O ensino de Química apresenta seus conceitos baseados na visualização de representações e modelos para a compreensão de seus conteúdos, assim, a adaptação de materiais didáticos e o uso de diferentes estratégias de ensino são condições fundamentais para oportunizar a construção de conhecimentos pelos estudantes com deficiência visual. Entretanto, no ensino básico, há limitações na utilização de materiais didáticos adaptados. Neste sentido, buscou-se avaliar uma proposta didática que utiliza estruturas químicas 3D combinadas a audiodescrição, para aprendizagem dos conteúdos de Química Orgânica voltados a alunos com deficiência visual. A pesquisa está fundamentada na abordagem qualitativa, por meio da pesquisa-ação e como instrumentos de coleta de dados utilizou-se a observação sistemática, entrevista semiestruturada e a aplicação de uma sequência didática. A análise de dados se deu através da análise de conteúdo à luz da teoria de Laurence Bardin. Os resultados demonstraram o potencial da proposta didática em contribuir para o processo de ensino e aprendizagem relacionados à Química Orgânica favorecido através das trocas e interações com os materiais adaptados, possibilitando que os alunos com deficiência visual consigam compreender os conceitos envolvidos nas representações químicas.
“…E, por fim, em quantidade menos recorrente identificamos as produções que tratam sobre "os resultados de intervenções pedagógicas para estudantes com deficiência visual na disciplina de Química" (23 produções). Percebemos que tais temas de investigação estão muito próximos das propostas defendida nas legislações que discorrem sobre o preparo do professor para atuar na Educação Inclusiva, que ressalta que o mesmo deve ser formado para reconhecer as especificidades da diferença apresentada pelos alunos com deficiência e com isso organizar propostas de ensino que satisfaçam as necessidades de aprendizagem (BAPTISTONE et al, 2017). Portanto, entende-se que os discursos disseminados sobre a educação das pessoas com deficiência estão vinculados a um regime de verdade "que leva os sujeitos -normais e anormais -a exercerem determinados atos, agem sobre suas condutas e nas relações interpessoais" (LOCKMANN, 2017, p. 23).…”
Section: O Saber Legitimado Sobre a Inclusão De Estudantes Com Defici...unclassified
O presente artigo objetiva analisar as produções realizadas no campo do Ensino e Educação em Química e a Inclusão de estudantes com deficiência visual, deste modo, optamos por investigar tal relação em dois eventos nacionais, um da área de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC) e outro da área de Ensino de Química (ENEQ), bem como as pesquisas disponibilizadas no Banco de Teses e Dissertações da Capes e da Biblioteca Digital Nacional que aborda a temática na última década. Utilizamos o referencial teórico-metodológico baseado em Michel Foucault para tecer problematizações a respeito do tema investigado e da metodologia de Análise do Discurso para examinar os ditos dos professores e/ou pesquisadores, os quais na posição de poder ocupada expressam os saberes que os constituem, definem, assujeitam e /ou subjetivam. Após a identificação dos trabalhos notou-se que ainda existe a necessidade de ampliar os discursos sobre a inclusão de estudantes com deficiência visual nessa área de conhecimento, há uma necessária e urgente discussão a ser feita na formação inicial de professores que parte da análise de nossos assujeitamentos e chega a um reconhecimento da pedagogia da diferença como força possível de inclusão.
“…Destacamos a relevância da realização desse tipo de pesquisa para as demais deficiências, pois assim será possível realizar um levantamento mais preciso sobre as pesquisas já desenvolvidas a respeito da inclusão do PAEE nas disciplinas de Ciências e Biologia. Importante frisar que o mapeamento, na perspectiva de uma Educação Superior inclusiva, contribui para identificar elementos legais, percepções de professores inseridos nesse movimento de e os desafios para a inclusão dos alunos cegos em diversas instituições (BAPTISTONE et al, 2017).…”
presenta-se um mapeamento de dissertações e teses, produzidas entre 2008 e 2020, em Programas de Pós-Graduação voltados ao Ensino e à Educação em Ciências e Matemática e Programas de Educação. O enfoque privilegiado para a busca foi a inclusão no Ensino de Ciências de pessoas com deficiência visual. Nesse sentido, discutem-se, primeiramente, as possibilidades e recursos indicados para a formação docente inicial e continuada e o Ensino de Ciências e Biologia que contemplem o Público-Alvo da Educação Especial (PAEE), com ênfase nas pessoas com deficiência visual. O caminho metodológico, quali-quantitativo, compreendeu um Estado do Conhecimento com cunho teórico-bibliográfico e documental, no qual foram catalogados 11 trabalhos, sendo nove em Ciências, um em Biologia e um em Ciências/Biologia, correspondendo a oito dissertações de mestrado acadêmico, duas dissertações de mestrado profissional e uma tese de doutorado, categorizadas em descritores específicos que balizam a conhecimento das produções. Os resultados apontam para a necessidade de ampliação das pesquisas com o tema, pois os trabalhos, embora contemplem a urgência da discussão, ainda são poucos se considerados o período analisado, as políticas educacionais de inclusão no Brasil, a relevância para a formação de professores e o déficit formativo em conhecimentos e abordagens sobre o tema.
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