A importância da multidisciplinaridade na conduta cirúrgica e de suporte na infecção odontogênica grave: Relato de Caso

Abstract

As infecções odontogênicas podem evoluir rapidamente e oferecer grande risco de morte, visto que comumente são associadas à extensas deteriorações dos tecidos, além da sua localização, em íntimo contato com estruturas anatômicas importantes como vias aéreas, podendo levar a sua obstrução. Dessa forma, objetiva-se relatar, possíveis dificuldades do manejo de um paciente, devido ao quadro de Angina de Ludwig e consequente desvio de vias aéreas, e também a importância da abordagem multidisciplinar médico-odontológica. Paciente do sexo masculino, 33 anos de idade, queixando-se de dor em região de terceiro molar inferior direito, com evolução de uma semana, com edema extraoral que progredia gradativamente, foi submetido à drenagem ainda no pronto-atendimento, em seguida a equipe procedeu com sua internação, no dia seguinte, o paciente foi levado ao centro cirúrgico para realização de nova drenagem, e exodontia de elementos dentários associados a infecção. No momento de intubação houve dificuldade para mesma devido ao deslocamento da língua, que impossibilitava a adequada passagem do tubo, direcionando o tratamento para uma traqueostomia. É imprescindível que seja realizada a remoção da causa, para que haja a sua regressão e frente a necessidade cirúrgica, é fundamental que na avaliação pré-operatória, a equipe médica avalie os possíveis comprometimentos de via aérea que possam culminar em dificuldades para a intubação. Não há um consenso a respeito da melhor conduta para intubação em quadros de angina devido a grande variedade de situações clínicas, entretanto, há a necessidade de uma abordagem multidisciplinar médico-odontológica para que seja possível uma abordagem rápida e precisa.

Condutas clínicas no diagnóstico e tratamento das infecções odontogênicas: revisão integrativa da literatura

“…No que se refere aos exames complementares, Sandoval et al, (2017), Pacheco & Khouri (2018), Shemesh et al, (2018), Silva et al, (2018), Hassam et al, (2019), Leite et al, (2019), Barbosa et al, (2020), Bridwell et al, (2020), Mendes et al, (2020), Mota et al, (2020), Oliveira et al, (2020), Pardal-Peláez et al, (2020, Rocha et al, (2020), Valle et al, (2020) e Rios et al, (2021, relataram a utilização da tomografia computadorizada para definição do diagnóstico. Já nos trabalhos desenvolvidos por Rocha et al, (2020), Zakaria et al, (2020 e Vasconcelos et al, (2021), foram solicitados exames laboratoriais juntamente com exames de imagem.…”