On dit en general que l’histoire de la géographie est dépourvue de controversies théoriques. Cependant elles ont existé et ont été importants pour la construction du savoir géographique. Cet éssai reprend trois controverses significatifs sur/de la géographie. La première est la polémique entre déterminisme et possibilisme. La deuxième comprend le célèbre débat entre les neopositivistes et les neokantiens au sujet du “exceptionalisme” ou la specificité de la géographie autant que science. Et la troisième est le débat entre Mackinder et Kropotkin sur ce qui est – ou dévait être – la géographie. Il ne s’agit pás de problèmes dépassés. Dans un cértain sens les thèmes abordés s’entrecroisent et restent actuels. Plus encore, ce sont des themes que, pour plusieurs raisons, continuent à faire partie des grandes questions epistemologiques et politiques de la géographie.
The history of geography is usually thought to be devoid of theoretical controversies. Yet, they existed and they have been important for the building of geographical knowledge. This essay retrieves three meaningful controversies for/of geography. The first one is the misinterpretation between determinism and possibilism. The second one is the famous debate between neopositivists and neokantians about the “excepcionalism” or the specificity of geography as a science. And the third one is the contention between Mackinder and Kropotkin about what is – or should be – geography. These three arguments, as we can see, are not rolling waters, or in other words, problems already solved or overcome. In a certain sense the topics approached by them intersect themselves and are still present. Even more, they are basic subjects and they continue – for several reasons – to share the great epistemological and political questions of geography.
Normalmente se considera que a história da geografia é carente de polêmicas teóricas. Contudo, elas existiram e foram importantes para a construção deste saber. Este ensaio retoma três controvérsias significativas da/ para a geografia. A primeira é o qüiproquó entre determinismo e possibilismo. A segunda é o célebre debate entre os neopositivistas e os neokantianos sobre o “excepcionalismo” ou a especificidade da geografia enquanto ciência. E a terceira é a contenda entre Mackinder e Kropotkin a respeito do que é (ou deveria ser) a geografia. Essas três discussões, como se demonstra, não são águas passadas, isto é, problemas já resolvidos ou superados. Num certo sentido os tópicos que elas abordam se entrecruzam e permanecem atuais. Mais ainda, são temas fundamentais e que por diversas perspectivas continuam a fazer parte das grandes questões epistemológicas e políticas da geografia
