A família Rubiaceae no Parque Nacional de Boa Nova, Estado da Bahia, Brasil

Abstract

RESUMO (A família Rubiaceae no Parque Nacional de Boa Nova, Estado da Bahia, Brasil). Rubiaceae ocupa o quarto lugar em diversidade de espécies entre as Angiospermas. É uma família cosmopolita, concentrada principalmente nas regiões tropicais e subtropicais, com cerca de 13.765 espécies, distribuídas em 611 gêneros. No Brasil, Rubiaceae apresenta 1.406 espécies, distribuídas em 126 gêneros. O Parque Nacional de Boa Nova (PNBN) está situado na região nordeste do Planalto da Conquista, Estado da Bahia e possui áreas de Mata Atlântica e Caatinga, além da transição representada por Floresta Estacional Semideciual. O objetivo do presente trabalho foi realizar um levantamento das espécies de Rubiaceae ocorrentes no PNBN. Foram realizadas expedições de coleta entre 2012 e 2017, além de consulta a herbários. A família está representada por 29 gêneros e 60 espécies, das quais quatro espécies são prováveis novas espécies. A forma de vida mais representativa foi arbustiva (60,6%), seguida por herbácea (27,9%), trepadeira ou liana (4,9%), epifítica (3,3%) e arbórea (3,2%). Os caracteres importantes na identificação foram hábito, morfologia das estípulas, tipo de arranjo da inflorescência, prefloração, morfologia do estigma, número de óvulos e tipo de fruto. Considerando os resultados obtidos, pode-se concluir que o PNBN possui um número elevado de espécies de Rubiaceae, destacando o estudo como uma importante área para a conservação de espécies vegetais.

Fenologia da Floração à Frutificação da Tocoyena sellowiana (Cham. & Schltdl.) K. Schum.), Ocorrente no Jardim Botânico de São Gonçalo do Amarante

“…Os representantes da família Rubiaceae podem ser encontrados em muitos tipos de hábitos, como arbustos, árvores, ervas, lianas ou trepadeiras, e subarbustos, também podem ser aquáticos, epífitos, hemiepífitos, rupícolos e terrícolos (Barbosa et al, 2015). Apresentam folhas pecioladas ou sésseis, simples opostas com lâminas de indumento e formato diversos, margem inteira, domáceas ausentes ou presentes, estípulas interpeciolares fimbriadas ou não, triangulares, bífidas, lineares, ou similares à morfologia da folha; inflorescências em cimeiras, panículas, tirsos, glomérulos, ou ainda flores solitárias, pedunculadas ou sésseis; brácteas elípticas, arredondadas ou triangulares; flores unissexuais ou bissexuais, normalmente actinomorfas, prefloração valvar, imbricada ou contorta, sésseis ou pediceladas, díclinas ou monóclinas, hexâmeras, pentâmeras ou tetrâmeras; flores vermelha, amarela, lilás ou alva; fruto esquizocárpico, drupáceo, bacáceo ou capsular, com indumento ou glabro, ovóide a elipsóide; apenas uma ou muitas sementes por lóculo, por vezes comosas ou aladas, com forma, superfície e coloração variados (Fonseca et al, 2020).…”