Abstract:Neste texto procuramos destacar e comentar aspectos substantivos da primeira fase do atual Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria, RS, oriundo de um projeto multinacional desenvolvido na forma de convênio entre o Governo Brasileiro e a Organização dos Estados Americanos (OEA), no período de 1970 a 1977. Esse Projeto que passa a ser denominado como Faculdade Interamericana de Educação (FIE) foi o responsável pela implantação e desenvolvimento de um dos primeiros programas d… Show more
Este trabalho se propôs reconstruir histórica e criticamente a Faculdade Interamericana de Educação, Convênio OEA/MEC/UFSM a partir do contexto da Guerra Fria e das determinações da Política de Integração da OEA assim como da Política de Pós-Graduação do Brasil. A partir destes condicionantes procurou-se analisar o desenvolvimento do projeto multinacional, assim como investigar as razões de sua exaltação e execração que tantos problemas acarretaram aos períodos posteriores. A análise revelou que as exaltações estavam relacionadas a grande projeção política e midiática nacional e internacional do projeto, assim como a aprovação tanto administrativa quanto pedagógica pela comunidade envolvida. Por outro lado as execrações foram atribuídas a interpretações equivocadas a respeito do não credenciamento do curso, uma vez que o processo não foi apreciado, mas retirado do CFE em conseqüência de tratar-se de um projeto multinacional, não sujeito, portanto, a legislação em vigor. A não sujeição as normas brasileiras criou, entretanto, uma situação inusitada, isto é, o curso era reconhecido como resultante de um convênio assinado pelo Brasil mas não enquadrado nas normas internas o que provocou o não reconhecimento dos diplomas, causando novas controvérsias e interpretações equivocadas. A apreciação real do mérito só aconteceu após o convênio quando o curso foi enquadrado na legislação brasileira a partir de 1978. Os diplomas foram validados quatro anos após o encerramento do convênio.
Este trabalho se propôs reconstruir histórica e criticamente a Faculdade Interamericana de Educação, Convênio OEA/MEC/UFSM a partir do contexto da Guerra Fria e das determinações da Política de Integração da OEA assim como da Política de Pós-Graduação do Brasil. A partir destes condicionantes procurou-se analisar o desenvolvimento do projeto multinacional, assim como investigar as razões de sua exaltação e execração que tantos problemas acarretaram aos períodos posteriores. A análise revelou que as exaltações estavam relacionadas a grande projeção política e midiática nacional e internacional do projeto, assim como a aprovação tanto administrativa quanto pedagógica pela comunidade envolvida. Por outro lado as execrações foram atribuídas a interpretações equivocadas a respeito do não credenciamento do curso, uma vez que o processo não foi apreciado, mas retirado do CFE em conseqüência de tratar-se de um projeto multinacional, não sujeito, portanto, a legislação em vigor. A não sujeição as normas brasileiras criou, entretanto, uma situação inusitada, isto é, o curso era reconhecido como resultante de um convênio assinado pelo Brasil mas não enquadrado nas normas internas o que provocou o não reconhecimento dos diplomas, causando novas controvérsias e interpretações equivocadas. A apreciação real do mérito só aconteceu após o convênio quando o curso foi enquadrado na legislação brasileira a partir de 1978. Os diplomas foram validados quatro anos após o encerramento do convênio.
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