A escrita alfabética e o xamanismo indígena

Abstract

A finalidade do presente artigo é discutir a relação entre xamanismo e algumas formas de expressão gráfica (desenho, pictografia e escrita alfabética), com o intuito de melhor compreender o processo de absorção da escrita pelos grupos indígenas na Amazônia. Para isso, iremos analisar dados relativos a quatro grupos indígenas, os Piro/Manchineri, Kaxinawá, Yanomami e Bakairi. PALAVRAS-CHAVE: Amazônia. Escrita Alfabética. Xamanismo. Pictografia. Grupos Indígenas. Desenho e Xamanismo Tendo como referência o texto de Peter Gow "Visual Compulsion: design and image in Western Amazonian Cultures" iremos discorrer sobre a relação do desenho com as idéias e práticas xamânicas dos Piro (povo indígena localizado no Rio Urubamba-Peru, sendo seus representantes no Acre-Brasil denominados Manchineri).

Ontological Drawings: A Collaborative Method for Research With Amerindian Societies

“…The use of drawing as a method for research with Amerindian peoples requires to understand the historical relations and circumstances in which Euro-American materials and techniques came to be known by Amazonian collectives and how they are being used, acknowledged, or avoided (COLLET, 2013;GOW, 1990;MACK, 2012). The presence of Western materials such as the bible and journals, adding to the consecutive events that determined the suppression of native groups by colonial presence, such as slavery, violence, epidemics, and other colonial domination examples, are reflected on the way indigenous groups may or may not avail and integrate Western-based knowledge systems, and by extension their symbolic material culture.…”