A escolarização de adolescentes em conflito com a lei: uma revisão da literatura

Abstract

O presente artigo objetiva analisar artigos dos diretórios CAPES e SciELO referentes ao período de 2015 a 2019, que abordem a temática da escolarização de adolescentes em conflito com a lei e da violência escolar. Tal estudo consiste em uma revisão da literatura de abordagem quanti-qualitativa. Os descritores utilizados foram “adolescentes em conflito com a lei”, “violência escolar”, “delinquência juvenil”, “professores”, “alunos”, “medidas socioeducativas” e “bullying”. Os critérios de inclusão foram publicações no formato de artigos gratuitos, sem especificação de idioma, com busca de descritores contidos em assunto ou título. As publicações que não preenchiam os critérios de inclusão foram excluídas. Após a mineração nas fontes CAPES e SciELO foram selecionados 09 estudos. Obteve-se após o processo de categorização as seguintes categorias e frequência: Escola (f=13), adolescência (f=09) e socioeducação (f=08). Grande parcela dos trabalhos selecionados concluiu que a escola apresenta muitos obstáculos para a escolarização de adolescentes infratores. Dentre os problemas mais frequentes, encontrados no ambiente escolar, relacionados à escolarização de adolescentes infratores estão: resistência da unidade escolar em realizar a matrícula, distorção idade-série, evasão escolar, alto índice de repetência, baixa escolaridade, baixo vínculo escolar ocasionado pelo preconceito sofrido, práticas educativas que não atendem as necessidades dos adolescentes e relações interpessoais comprometidas; esse último contribui para aproximação dos adolescentes com práticas delinquentes. Tendo isso em vista, conclui-se que a escola precisa rever suas estratégias pedagógicas direcionadas à escolarização dos adolescentes em conflito com a lei.

Percepção de professores acerca do bullying na escola: implicações para a prática de enfermagem

“…Segundo os participantes do estudo o bullying apresenta-se como um desrespeito, uma forma de abuso, violação e intimidação, uma forma de humilhação, que afeta a moral, acarretando na exclusão de quem o sofre de grupos sociais. As vítimas "alvos" do Bullying são escolhidas pelos agressores para sofrerem ameaças, humilhações, perseguições, intimidações e maus tratos (Tognetta, 2009;Anjos & Ramos, 2020;Costa et al, 2021).…”

“…Em casos mais graves, podem cometer suicídio. Os agressores podem se envolver em situações de violência doméstica, uso e abuso de drogas e prática de atos infracionais (Fung, 2012;Anjos & Ramos, 2020;Feijó et al, 2022).…”

“…Estar envolvido em situações de bullying, seja como agressor, vítima ou expectador, não se constitui em um problema escolar que deva ser minimizado. Outro assim pode resultar em graves consequências como a depressão e o suicídio, por exemplo, para as vítimas e a criminalidade ou o comportamento antissocial para os agressores até mesmo na vida adulta (Ttofi et al, 2011;Anjos & Ramos, 2020;Harth et al, 2022).…”