A enfermagem frente ao processo de morte e morrer: uma reflexão em tempos de Coronavírus / Nursing in front of the death and dying process: a reflection in times of Coronavirus

Abstract

Objetivo: refletir sobre os desafios da enfermagem diante do processo de morte e morrer em face a pandemia por Coronavírus. Método: estudo de análise reflexiva baseada na leitura, análise e interpretação de artigos e relatórios do Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Enfermagem. Resultados: a mudança cotidiana no enfrentamento do Coronavírus, conduz a uma maior vulnerabilidade do profissional de enfermagem, sejam elas fruto da restrita formação sobre a morte e o morrer ou da experiência prática em tempos de pandemia. Conclusão: o espaço acadêmico tem sido apresentado como um possível local de discussão e desenvolvimento de habilidades e competências para o cuidado ao paciente que está morrendo. No entanto, os profissionais de enfermagem não vêm sendo preparados adequadamente para lidar com a morte, já que esta pode ser sinônimo de sofrimento psíquico e estresse, assim como a morte do paciente passou a ser um sinônimo de fracasso profissional.

Fatores estressores e estratégias do enfrentamento do enfermeiro intensivista frente ao novo coronavírus

“…Quanto ao Nível de Evidência (NE), preconizado por Melnyk e Fineout-Overholt ( 2005), a maioria das pesquisas constituiu-se em evidências provenientes de revisão sistemática de estudos descritivos e qualitativo (Nível 5) (Moraes;Almeida & Giordani, 2020;Paula et al, 2020;Santana;Humerez;Ohl & Silva, 2020;Ribeiro et al, 2021;Duarte;Silva & Bagatini, 2021;Miranda & Afonso, 2021.Outros seis trabalhos apresentaram-se na forma de um único estudo descritivo ou qualitativo (Oliveira et al, 2020;Bordignon et al, 2020;Carlos et al, 2020;Souza et al, 2021;Borges et al, 2021).…”

“…Entre os maiores medos, dois têm acompanhando muitas pessoas por todo mundo, sobretudo os profissionais de enfermagem que estão na linha de frente: o medo de se infectar e o medo da morte. Tais sentimentos geram estressem, raiva e até depressão (Belasco;Fonseca, 2020;Paula et al, 2020). Dentro do contexto de atuação dos profissionais de enfermagem em atividades de média e alta complexidade, como por exemplo nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), a morte virou um tema frequente, extrapolando a realidade pré-pandemia.…”

“…Dentro do contexto de atuação dos profissionais de enfermagem em atividades de média e alta complexidade, como por exemplo nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), a morte virou um tema frequente, extrapolando a realidade pré-pandemia. Ao atuarem nessas áreas, estes profissionais têm, portanto, a oportunidade de conhecer o sentido existencial do adoecimento, as demandas e desejos por práticas de promoção, proteção e recuperação da saúde e as necessidades e estresse frente ao processo de morrer e a morte em si Paula et al 2020) Categoria 2 -repercussões do estresse na qualidade de vida dos enfermeiros…”

Dying in the emergency service: nurses’ attitudes before and after the first critical period of COVID-19

“…In view of these experiences, the way of thinking and acting shows aspects such as the nurses’ lack of preparation regarding death and the dying process; the adoption of care models focused on the biomedical, technical, and reductionist paradigm; and the absence of mechanisms to cope with this situation 15 …”

“…In view of these experiences, the way of thinking and acting shows aspects such as the nurses' lack of preparation regarding death and the dying process; the adoption of care models focused on the biomedical, technical, and reductionist paradigm; and the absence of mechanisms to cope with this situation. 15 In this way, nursing professionals hold a set of knowledge, capacities, and skills that they mobilize in their professional practice for clinical practice contexts, allowing them to consider the health needs of the person or group, and act in all contexts of life, as well as in the face of death and the dying process. Given this unique moment, nursing care for people at the end of life should be characterized by dignity, quality, and satisfaction of needs, trying to avoid feelings of discomfort, anxiety, and/or escape of nurses.…”