Resumo Proposições de educação estética foram pautas dos debates ocorridos no campo educacional em Minas Gerais/Brasil, durante as décadas de 1920 e 1930, quando, nacionalmente, uma renovação pedagógica era postulada. Neste artigo, buscamos os sentidos dessas proposições, embasados nos estudos de Rancière e Eagleton, que abordam a polissemia da estética na modernidade. Acessamos as concepções, prescrições e práticas que foram pautadas pelo argumento da educação estética, presentes em leis e decretos relativos ao ensino, em orientações mais amplas sobre educação expressas em periódicos que debatiam as novas propostas pedagógicas, e em proposições relacionadas a conteúdos específicos, tais como desenho, canto/música e ginástica. Sem embargo da polissemia observada, verificamos que os significados das proposições de educação estética frequentemente convergiram sobre a necessidade de modificar os hábitos e costumes das crianças, elevá-los por meio da educação de seus corpos, seus sentidos e sensibilidades, segundo padrões tidos como mais belos, higiênicos e nacionalistas.