A criatividade de um povo é o insumo fundamental para o valor percebido na sua cultura, que é a sua identidade, e o qualifica enquanto ator interativo na consolidação da sociedade, da qual faz parte. A vocação para a criação e a para a inovação do brasileiro, decorre da diversidade cultural a ele inerente, o que se revela recurso crucial, para dissipar a gritante situação de desigualdade econômica e social do país. Assim sendo, atentar para o potencial, decorrente das singularidades, das riquezas locais, justifica uma especial atenção para a Economia Criativa, e a sua estrutura, calcada na inclusão social, na sustentabilidade, na inovação e na diversidade cultural. Neste contexto, a compreensão a respeito das indústrias criativas faz-se necessária, e consubstancia as vertentes da vocação, e da necessidade para criar e inovar, para o empreendedorismo cultural. O valor simbólico, percebido nas produções intangíveis delineia o entendimento a respeito da riqueza gerada em função do ato de criar. Os arranjos produtivos locais ratificam o potencial empreendedor do povo brasileiro. Com base em pesquisa bibliográfica e documental, e fazendo uso de uma abordagem qualitativa, o presente trabalho tem como objetivo indicar as oportunidades e as barreiras no desenvolvimento da cultura e da economia criativa, no Brasil. As oportunidades estão alicerçadas, justamente, na diversidade, no entanto, as barreiras sociais e econômicas impõem complexos desafios.